Aluguel mensal de R$ 21 mil de contêineres para atender usuários da UBS Seringueiras assusta. Vereadores querem explicações

O vereador Geraldo Magela de Almeida (PSDB) questionou a Secretaria Municipal de Saúde sobre os altos custos com os contêineres alugados para atender os usuários da UBS Seringueiras, que está interditada desde 2022.
O parlamentar criticou durante a reunião ordinária da Câmara Municipal de Pará de Minas, realizada no dia 18 de fevereiro, o fato de o município estar pagando um aluguel de R$ 21 mil por mês pelo uso da estrutura provisória, mesmo sem precisar arcar com despesas de terreno, já que os containers estão instalados em uma área pública:
Geraldo Magela de Almeida
Laudo técnico que custou r$ 40 mil apontou problemas estruturais, mas reforma ainda não aconteceu
A UBS Seringueiras foi interditada pela Defesa Civil devido a problemas estruturais decorrentes de chuvas intensas e falhas na execução da obra. Desde então, os atendimentos foram transferidos para os containers alugados. A situação tem se arrastado sem uma solução definitiva.
Há cerca de dois anos, a própria Secretaria Municipal de Saúde contratou uma empresa especializada para realizar um laudo técnico sobre a viabilidade da reforma da UBS. O estudo, que custou R$ 40 mil aos cofres públicos, concluiu que metade da estrutura poderia ser recuperada, enquanto a outra parte precisaria ser reconstruída. No entanto, mesmo com essa informação em mãos, nenhuma obra foi iniciada até o momento, como destacou o vereador Leandro Guimarães Vieira (PL):
Leandro Guimarães Vieira
Recursos para nova unidade de saúde foram anunciados, mas destino da verba segue indefinido
O vereador Leandro Guimarães Vieira também mencionou que, em 2023, foi anunciada a destinação de R$ 2,18 milhões em emenda parlamentar para a construção de uma nova UBS no local, de acordo com a Resolução nº 8.753/2023 da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais.
No entanto, até o momento, a Prefeitura de Pará de Minas não esclareceu o que foi feito com essa verba nem apresentou um plano concreto para iniciar a obra:
Leandro Guimarães Vieira
Transparência e planejamento são cobrados
Geraldo Magela de Almeida enfatizou que não é contra o uso de estruturas temporárias, mas criticou a falta de planejamento e de transparência na condução do processo. Para ele, manter uma solução provisória por tanto tempo, com um custo elevado, é um desrespeito com o dinheiro público.
Diante das críticas, a Câmara Municipal deve encaminhar um requerimento oficial à Secretaria Municipal de Saúde, solicitando explicações detalhadas sobre os gastos com os contêineres, a destinação da emenda parlamentar e um cronograma para a reabertura da UBS Seringueiras.
A população de Pará de Minas segue aguardando uma solução definitiva para o problema, enquanto os vereadores reforçam a necessidade de mais transparência e agilidade nas decisões da administração municipal.
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