Com medo dos combustíveis acabar, donos de veículos formam longas filas nos postos de Pará de Minas
Os proprietários de veículos formaram longas filas em alguns postos de combustíveis de Pará de Minas no fim da tarde e início da noite desta terça-feira, 22 de maio. O movimento intenso é devido a mensagens que circularam nas redes sociais informando que a reserva de combustíveis estava perto do fim nos postos de abastecimento do município.
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Os estoques dos estabelecimentos paraminenses estariam no limite devido ao desabastecimento provocado pela paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil. O movimento protesta contra os reajustes no preço do óleo diesel.
A reportagem do Portal GRNEWS registrou o fato em um dos postos localizado na avenida Ovídio de Abreu, bairro Belvedere. Porém, em outros postos no município ocorreu situação semelhante. Os motoristas não concederam entrevistas, mas estavam receosos de ficar sem combustível para trabalhar.
A reportagem também ouviu um proprietário de posto de combustíveis, localizado na avenida Presidente Vargas, bairro São Francisco. Ele não será identificado, mas informou que os estoques dos postos que administra e de outros da rede tem estoques para hoje.
Porém, ele argumentou que caso o bloqueio não seja interrompido na rodovia BR-262, no município de Juatuba/MG, possibilitando aos caminhões que busquem mais combustível na distribuidora em Betim/MG, é provável que o estoque existente nos postos de Pará de Minas acabe nesta quarta-feira, 23 de maio.
Os caminhoneiros alegam que a situação está insustentável porque o valor do frete nunca acompanha o aumento nos custos. Além disso, os valores de pedágios nas rodovias estão muito caros enquanto as pistas estão em estado precário de conservação.
No segundo dia de protestos os caminhoneiros já paralisaram em 20 estados. Alguns setores já estão sentindo a falta de mercadorias porque o transporte está paralisado nas principais regiões do país.
O movimento está avançando e ganhando muitos adeptos em todo o país. Em alguns municípios, como Londrina/PR, até os proprietários de automóveis e motos realizaram paralisação fechando vias em protesto ao preço altíssimo dos combustíveis no Brasil. A ação também serve de motivação e apoio aos caminhoneiros que pararam.
Os transportadores pararam os veículos em pátios de postos de combustíveis à beira das rodovias. Os caminhoneiros que ousam trafegar com mercadorias são ameaçados e correm o risco de ter os veículos danificados.
Na maioria dos estados os caminhoneiros autônomos adotaram a operação tartaruga, provocando lentidão no trânsito. Em outras regiões foram feitas interdições parciais e totais do tráfego de veículos.
O comércio já está preocupado com a falta de mercadorias e outros insumos. O setor de alimentos é um dos mais delicados, pois alguns produtos são perecíveis, dependem de refrigeração e precisam chegar às prateleiras rapidamente.
Além dos impactos econômicos, a greve também reflete na política. Enquanto isso, deputados federais e senadores se reuniram em Brasília para discutir uma saída para os constantes aumentos nos preços dos combustíveis por parte da Petrobras.
Nesta terça (22) a Petrobras anunciou uma redução no preço dos combustíveis para vigorar a partir desta quarta (23), mas não tem nada a ver com o movimento dos caminhoneiros. Isso ocorreu porque o preço do barril sofreu redução no mercado internacional e com isso o preço caiu. Mas caso o preço suba lá fora, os combustíveis continuarão subindo e encarecendo o custo do povo brasileiro.
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