Audiência Pública amplia debate sobre Emenda Impositiva com participação de entidades sociais que precisam de ajuda

A Câmara Municipal de Pará de Minas promoveu, na noite de quinta-feira (20), uma audiência pública para discutir a proposta de implantação da Emenda Impositiva no município. Com expressiva participação popular, o evento contou com manifestações diversas de vereadores, cidadãos e representantes de instituições da sociedade civil. A maioria absoluta dos participantes manifestou apoio à proposta.

O objetivo da audiência foi fomentar o debate público sobre a possibilidade de alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), permitindo que vereadores possam direcionar percentual aproximado de 2% do orçamento municipal para áreas e projetos específicos por meio de emendas impositivas, sendo a metade para a saúde pública, — que, por sua natureza, obrigam o Executivo a cumprir a destinação orçamentária estabelecida pelo Legislativo.


Representante da APAE defende a emenda e destaca impacto social
Daniel Barbosa, presidente da Executiva do PSDB em Pará de Minas e representante da Federação das APAEs de Minas Gerais, participou da audiência e elogiou a iniciativa da Câmara. Segundo ele, o debate é legítimo e necessário, e parabenizou o presidente da Casa, vereador Délio Alves Ferreira, por trazer o tema à discussão pública com transparência e abertura.

Barbosa destacou que a Emenda Impositiva, implantada no Congresso Nacional em 2015, passou a ser replicada em diversos estados e municípios, e que uma década depois já é possível avaliar com mais clareza seus pontos fortes e fragilidades:

Daniel Barbosa

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Participação social e fiscalização são pilares do modelo
Durante sua fala, Daniel Barbosa reforçou a importância da fiscalização e da participação popular como garantias para o bom uso dos recursos. Segundo ele, a Emenda Impositiva não deve ser confundida com práticas indevidas, e mecanismos legais já existem para coibir qualquer irregularidade.

Barbosa ainda ressaltou a necessidade de a população acompanhar o processo desde a indicação da emenda até sua execução, sugerindo inclusive que o modelo permita maior envolvimento social, a exemplo do orçamento participativo:

Daniel Barbosa

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Emenda Impositiva como solução para demandas urgentes das instituições
Com conhecimento profundo da realidade das APAEs, Daniel falou também com propriedade sobre os desafios enfrentados pelas instituições de atendimento à pessoa com deficiência. Ele explicou que, embora as entidades recebam repasses públicos, a demanda é muito maior do que a capacidade de atendimento.

Segundo ele, a Emenda Impositiva pode ser uma fonte adicional de financiamento para essas instituições, permitindo ampliar os atendimentos:

Daniel Barbosa

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PSDB local libera bancada para votação individual
Questionado sobre o posicionamento do PSDB quanto à votação do projeto, Daniel Barbosa explicou que, embora seja defensor da medida, o partido não irá impor um voto unificado:

Daniel Barbosa

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Próximos passos
Com a audiência concluída, a Câmara deverá instituir uma comissão especial para redigir o projeto de lei que altera a LDO, viabilizando — ou não — a adoção da Emenda Impositiva no município. O texto será posteriormente submetido ao plenário para votação.

A ampla participação social e a argumentação técnica apresentada por representantes de instituições como a APAE demonstram que a discussão vai muito além da política: trata-se de um debate sobre justiça social, eficiência na gestão pública e valorização do Legislativo enquanto canal direto entre a população e o orçamento público.

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