Comércio mineiro superou média nacional e manteve crescimento em outubro
O setor varejista em Minas Gerais segue demonstrando fôlego e resiliência no encerramento do último trimestre de 2025. De acordo com uma análise do Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, baseada na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, o varejo restrito no estado avançou 0,1% em outubro na comparação com o mês anterior. Embora moderado, o índice consolida a recuperação iniciada em setembro e posiciona o desempenho acumulado do ano em 1,6%, superando a média registrada em todo o Brasil, que ficou em 1,5%.
Setores de saúde e bem-estar impulsionam as vendas
O crescimento do comércio em Minas Gerais foi puxado, principalmente, por segmentos voltados ao consumo pessoal e aos cuidados com a saúde. Na comparação anual entre outubro de 2025 e o mesmo mês de 2024, o varejo restrito mineiro acelerou 1,6%, enquanto a média nacional subiu 1,1%.
Os destaques de desempenho no estado foram:
Artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria: alta expressiva de 14,0%.
Outros artigos de uso pessoal e doméstico: crescimento de 8,4%.
Ao analisar o acumulado de janeiro a outubro, o cenário otimista se mantém, com o setor farmacêutico registrando alta de 6,2% e o de artigos domésticos avançando 5,5%.
Varejo ampliado: estabilidade e o peso do material de construção
O varejo ampliado — que inclui o comércio atacadista, o setor automotivo e materiais de construção — apresentou uma leve retração de 0,3% em outubro após um salto expressivo em setembro. Entretanto, no acumulado dos primeiros dez meses de 2025, o segmento alcançou a estabilidade (0,0%), interrompendo uma sequência negativa de três meses.
Neste recorte, o setor de Material de Construção foi o grande protagonista positivo, com elevação de 1,7% no ano. Já na comparação direta entre outubro deste ano e o anterior, o atacado de alimentos e bebidas (7,2%) e o setor de veículos e peças (4,4%) garantiram que o estado ficasse acima da média nacional, que registrou queda de 0,3% no período.
Fatores de influência e expectativas atendidas
Para a economista da Fecomércio MG, Fernanda Gonçalves, os resultados são satisfatórios mesmo diante do contexto de juros altos no país. Ela aponta que datas sazonais foram fundamentais para manter o ritmo das vendas. O Dia das Crianças, por exemplo, confirmou sua relevância para o calendário mineiro, aquecendo os setores de vestuário e brinquedos.
A percepção positiva também é compartilhada pelos empresários locais: cerca de 45,1% dos entrevistados pela Federação afirmaram que suas metas de vendas para o período foram atingidas. Esse clima de confiança contribui para que Minas Gerais encerre o ciclo de 12 meses com uma alta de 1,7% no varejo, empatando com a média nacional e mantendo a economia do estado em terreno favorável. Com informações da Assessoria de Comunicação da Fecomércio MG

