HNSC celebra 140 anos com avanços e anunciando novos serviços para continuar acolhendo bem e salvando vidas. Leia a ata de fundação

“Aos vinte dias do mês de janeiro do Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e oitenta e cinco nesta cidade do Pará, Comarca de Sete Lagoas no mesmo Hospital, presentes os cidadãos…” Este é o trecho inicial da Ata da Instalação do Hospital de Caridade de Nossa Senhora da Conceição (Veja a íntegra ao final)
Há exatos 140 anos começava a história do primeiro hospital de Pará de Minas, cujo aniversário está sendo celebrado neste 20 de janeiro de 2025, mesmo dia em que a Igreja Católica celebra São Sebastião.
Para marcar a data, foi celebrada uma missa em Ação de Graças na capela do Hospital Nossa Senhora da Conceição, na manhã desta segunda-feira, com a presença de diretores, funcionários e convidados.
Em seguida, a provedora do HNSC, Yanna Pascoal da Silva Mendes, falou sobre a história do hospital, valorizando cada pessoa que contribuiu para que a unidade de saúde possa prestar serviços à Pará de Minas e aos municípios da região. Quanto aos desafios para 2025, ela citou a necessidade de concluir as obras do centro de hemodinâmica e a reforma da maternidade:

Yanna Pascoal da Silva Mendes
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Claudine Carvalho, diretora Administrativa do HNSC, destacou o trabalho contínuo realizado pelas equipes para atender os pacientes que chegam ao Hospital Nossa Senhora da Conceição:
Claudine Carvalho
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O especialista em Ortopedia e diretor Técnico-Médico do HNSC, Cláudio Levi Campolina Altivo, disse que existem muitos motivos para celebrar os 140 anos do hospital com as melhorias recentes. Citou a ampliação dos leitos do Centro de Terapia Intensiva (CTI), aumento da capacidade do centro cirúrgico Dr. Murilo Salles, com as neurocirurgias, estudos para realizar cirurgia bariátrica, obras de reforma da maternidade e construção do centro de hemodinâmica, serviços que beneficiarão a população:
Cláudio Levi Campolina Altivo
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O membro da Irmandade do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Neuler Ribeiro, falou sobre a longevidade do HNSC com votos que a instituição continue com sua missão de salvar vidas:
Neuler Ribeiro
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O presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Pará de Minas, Délio Alves Ferreira, participou da missa em Ação de Graças pelos 140 anos do Hospital Nossa Senhora da Conceição e desejou muito sucesso a diretoria e toda equipe do HNSC:
Délio Alves Ferreira
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De acordo com a Assessoria de Comunicação do Hospital Nossa Senhora da Conceição, a entidade atende cerca de 347 mil pessoas em Pará de Minas e de outras cidades da região. Para isso, com 538 colaboradores, entre profissionais da área administrativa e de saúde, incluindo um corpo clínico em torno de 200 médicos.
Veja abaixo a íntegra da ata reproduzida do livro Hospital Nossa Senhora da Conceição de Pará de Minas – Estudo Histórico, de autoria do escritor e pesquisador Mário Luiz Silva.
“Ata da Instalação do Hospital de Caridade de Nossa Senhora da Conceição desta cidade do Pará
Aos vinte dias do mês de janeiro do Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e oitenta e cinco nesta cidade do Pará, Comarca de Sete Lagoas no mesmo Hospital, presentes os cidadãos Marciano Augusto de Moura, Presidente interino da Associação religiosa de caridade; Joaquim Peregrino Varela, Secretário; Alferes Francisco Esteves Rodrigues, Tesoureiro; Antônio Júlio Teixeira de Faria, Procurador; O Reverendo Vigário desta Freguesia Paulino Alves da Fé; os irmãos da mesma associação abaixo assinados, o doutor João Severiano de Souza Mata e o quartanista de medicina Cândido José Coutinho da Fonseca Júnior, convidados previamente para assistirem a este ato, e bem assim o Reverendo Antônio Soares Diniz, irmãos da Casa, o mesmo Presidente depois de haver feito uma importante exposição sobre as vantagens da instituição desta irmandade, declarou instalada a dita Casa, e nesse ato, dando a palavra às pessoas presentes para falarem sobre o assunto da reunião foi pelo distinto irmão Joaquim Cândido Louzada pronunciado um brilhante e eloquente discurso obre a caridade em qual manifestou a força de seu talento oratório, pedindo ao concluir que fosse consignado na presente ata, em nome do povo desta cidade, um voto de reconhecimento ao Cidadão Marciano Augusto de Moura pelo importante serviço feito a esta Cidade e a seus habitantes pelo fato de haver iniciado tão sublime ideia e haver de acordo com outros distintos cidadãos conseguido levar a efeito tão importante estabelecimento, em seguida foi também pronunciado pelo distinto irmão o Reverendo Antônio Soares Diniz um importante discurso análogo ao assunto em que revelou os seus elevados conhecimentos filosóficos para engrandecer a Rainha das Virtudes, e finalmente, pedindo palavra o distinto quartanista Candido Coutinho, em eloquentes frases exprimiu-se de um modo admirável, sendo ainda mais apreciado porque na juventude em que se acha revelou a grandeza de sua alma e os nobres sentimentos religiosos que os ornam. Depois deste ato o mesmo Presidente observando os estatutos do Hospital de Caridade da Cidade de Sete Lagoas, declarou que se procedesse a eleição do Provedor e mais empregados da Mesa administrativa de que se trata o artigo oitavo do referido estatuto, o que feito foram recolhidas em uma urna para esse fim destinada trinta e duas cédulas, cujo resultado foi o seguinte: Marciano Augusto de Moura, trinta votos; Antônio Júlio Teixeira de Faria, um voto; Fidélis Evaristo Firmiano Ribeiro, um voto, sendo eleito Provedor o Cidadão Marciano Augusto de Moura. Em seguida procedeu-se a eleição de dois Vice-Provedores, foram recolhidas trinta cédulas que apuradas deram o seguinte resultado: Doutor Candido José Coutinho da Fonseca, vinte e cinco votos; Francisco de Araújo Lopes Cançado, vinte e quatro votos; Francisco Torquato de Almeida, sete votos; Quintiliano Firmino de Almeida Lima, seis votos; sendo eleitos, os dois primeiros pela ordem de votação. Procedendo-se a eleição do Tesoureiro, foram recolhidas vinte e oito cédulas que sendo apuradas deram o seguinte resultado: Francisco Esteves Rodrigues, vinte e seis votos; Antônio José Marinho, um voto; Cornélio Augusto Moreira dos Santos, um voto, sendo declarado Secretário o primeiro. Procedendo-se a eleição de Procurador. foram recolhidas vinte e nove cédulas, e que apuradas, deram o seguinte resultado: Antônio Júlio Teixeira de Faria, vinte e oito votos; Teófilo José Marinho um voto; sendo declarado Procurador o Cidadão Antônio Júlio Teixeira de Faria. Procedendo-se a eleição de um Enfermeiro-Mor, foram recebidas trinta cédulas, e que apuradas deram o seguinte resultado: José Nunes Moreira e Silva, vinte e nove votos; João José de Oliveira Júnior, um voto, sendo declarado Enfermeiro-Mor o Cidadão José Nunes Moreira e Silva. Passando-se à eleição de oito cédulas que apuradas oito Mordomos de que compõem a Mesa, foram recebidas vinte e oito cédulas que apuradas deram o seguinte resultado: José da Costa Guimarães Sobrinho, vinte e sete votos; Antônio Pereira Duarte, vinte e sete votos; Cornélio Augusto Moreira dos Santos, vinte e três votos; Teófilo José Marinho, vinte e um votos; João José de Oliveira, vinte e um votos; José Vicente Moreira dos Santos, vinte e um votos; Carlos Pereira da Silva, dezessete votos; José Ferreira de Oliveira Pena, treze votos; Francisco Torquato de Almeida, dez votos; Daniel José de Morais sete votos; Evaristo José de Melo, seis votos; Joaquim Cândido Louzada, seis votos; Antônio José de Paiva, seis votos; Cristino José de Oliveira, quatro votos; João José de Oliveira Júnior, três votos; Joaquim Xavier Lopes Vilaça, quatro votos; José Pereira Coelho, dois votos; Júlio José de Melo Sobrinho, Francisco Manuel de Abreu e José Joaquim de Morais, um voto cada um, pelo que foram declarados Mordomos. Os oito primeiros Cidadãos mais votados. Passando-se à eleição de quatro irmãos de Bolsa, foram pela mesma forma recebidas vinte e oito cédulas que sendo apuradas deram o seguinte resultado: Basílio Cecílio dos Santos, dezessete votos; Francisco Manuel de Abreu, quinze votos; João Maria de Melo, quatorze votos; Antônio Ferreira de Oliveira Pena, treze votos; Joaquim Cândido Louzada, nove votos; Nicolau Tolentino de Morais, oito votos; José Pereira Coelho, oito votos; Antônio José de Paiva, cinco votos; José Vicente Moreira dos Santos, um voto, pelo que foram declarados eleitos irmãos de Bolsa, os quatro primeiros Cidadãos mais votados. E nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente deu por concluída a presente reunião e por empossados todos empregados eleitos, empossarem no dia vinte e cinco do corrente para ter lugar a reunião da convidando-as para Mesa afim de providenciar sobre a confecção dos estatutos que devem reger a Casa afim de serem aprovados pelos Poderes competentes. E para constar mandou O Presidente lavrar a presente ata, que depois de lida e aprovada vai assinada pelos mesários e mais irmãos presentes. Eu Joaquim Peregrino Varela, Secretário a escrevi. (Assinados)
Marciano Augusto de Moura
Vigário Paulino Alves da Fé
Francisco Esteves Rodrigues
Antônio Júlio Teixeira de Faria
Joaquim Peregrino Varela
Francisco Manuel de Abreu e Silva
Francisco Torquato de Almeida
José Ferreira de Oliveira Pena
Júlio José de Melo Sobrinho
Cornélio Augusto Moreira dos Santos
Basílio Cecílio dos Santos
Joaquim Cândido Louzada
Antônio Leite Praça
José Vicente Moreira dos Santos
Antônio José de Paiva
Pe. Antônio Soares Diniz
José da Costa Guimarães Sobrinho
Teófilo José Marinho
Antônio Pereira Duarte
Quintiliano Firmino de Oliveira Lima
Antônio Ferreira de Oliveira Pena
João José de Oliveira”
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