Procuram-se novos diretores para Asfran e falta de participação popular preocupa líder comunitária
As lideranças comunitárias que decidem assumir essa função em suas comunidades enfrentam muitas dificuldades em Pará de Minas. Além de lutar por melhorias no bairro, que nem sempre são alcançadas, notam que muitos moradores não se preocupam nem um pouco com estas questões.
Por outro lado precisam ficar atentos e manter a documentação da entidade regularizada junto ao poder público e demais órgãos. Como a tarefa não é fácil, as poucas associações que atuam no município enfrentam sérios problemas para manter o funcionamento das entidades.
Em épocas de eleições para escolha de novos diretores essas dificuldades aumentam. De um lado questões estatutárias impedem que um mesmo grupo se perpetue nos cargos. De outro, são poucas as pessoas que se interessam pela direção das associações comunitárias.
Esta realidade está sendo encarada pela direção da Associação dos Moradores do Bairro São Francisco (Asfran). Algumas pessoas que ocuparam os cargos ou que estão neles, não podem mais ficar.
Porém, não aparecem candidatos para assumir os postos mesmo em um bairro como o São Francisco que é bem estruturado, como esclarece Sônia Naime, que reside no bairro e como fundadora da Asfran:
Sônia Naime
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Para ela a atuação das associações comunitárias é importante para reivindicar políticas públicas e melhorias para os bairros, junto ao poder público. Destaca que a Asfran tem vários projetos, como o Ecoponto e tapete verde:
Sônia Naime
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Ao cobrar mais participação popular nas associações comunitárias, não somente na Asfran que está à procura de novos diretores, Sônia Naime salienta que esse movimento dos cidadãos para melhorar os locais onde moram é muito tímido na cidade.
Acrescenta que o município de Pará de Minas tem mais de 50 bairros e menos de 15 associações comunitárias. Lamenta que recentemente tenham sido aprovadas mudanças no Plano Diretor do Município sem a participação popular. As alterações apontadas foram definidas somente pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
Sônia Naime disse ainda que as pessoas devem refletir mais sobre o bem estar da cidade. Para ela, não basta simplesmente cumprir a obrigação de votar escolhendo prefeito e vereadores e depois não participar das decisões que interferem na vida de todos. Ela cobra mais ação por parte dos paraminenses.
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