Ouro líquido: especialista destaca importância do aleitamento materno para o desenvolvimento do bebê

A campanha Agosto Dourado, dedicada à conscientização sobre a amamentação, ressalta que o leite materno é um “elemento dourado” para o bebê, capaz de protegê-lo por toda a vida. A médica obstetra Lorena Lima, do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Pará de Minas, observa uma grande adesão das mães à amamentação.

Essa adesão é resultado tanto do empenho das pacientes quanto da capacitação da equipe que as assiste. De modo geral, a maioria das mães possui a capacidade de amamentar, com exceção daquelas que testam positivo para HIV ou HTLV 1 e 2.

Recomendações e benefícios que vão além da nutrição
A amamentação deve ser iniciada na primeira hora de vida do recém-nascido, o que ajuda a estreitar o vínculo entre a mãe e o bebê. O aleitamento exclusivo é indicado até os seis meses de idade. Após esse período, a alimentação sólida pode ser introduzida, mas a amamentação deve ser mantida até os dois anos de vida, conforme a recomendação:

Lorena Lima

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Além de nutrir o bebê, o leite materno oferece uma série de benefícios essenciais. Ele promove o desenvolvimento de diversas áreas do bebê, incluindo a fala, a musculatura da boca e da língua, a deglutição, a respiração e a dentição. Estudos apontam, ainda, que crianças amamentadas adequadamente apresentam menor incidência de alergias, bem como de doenças respiratórias e gastrointestinais. O aleitamento também é um momento de intimidade entre mãe e filho, fortalecendo a relação através do contato pele a pele e do olhar:

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Assessoria de Comunicação do HNSC/Divulgação

Desafios e o papel crucial da rede de apoio
Para as mães que trabalham fora, a legislação garante a licença-maternidade, que pode variar entre quatro e seis meses, facilitando a amamentação exclusiva no período inicial. Para conciliar a vida profissional com a amamentação, a médica orienta a ordenha do leite e seu congelamento. Outra dica importante é ter uma rede de apoio para levar o bebê até a mãe, ou a mãe ter a facilidade de ir para casa amamentar nos horários de almoço, que também são garantidos por lei.

A amamentação não é responsabilidade apenas da mãe, mas de toda a rede de apoio que a cerca. O Hospital Nossa Senhora da Conceição atua nesse sentido, oferecendo orientação e suporte mesmo após a alta da paciente:

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Esclarecendo dúvidas e a ajuda hospitalar
Muitas mães ainda se questionam sobre a qualidade do seu leite, temendo que seja “fraco”. A especialista esclarece que o leite materno contém todos os nutrientes e anticorpos necessários para nutrir o bebê de forma adequada, sem excessos ou restrições, e ainda transfere a imunidade da mãe.

A produção de leite materno funciona como uma glândula: quanto mais estimulada, mais secreção produz. Por isso, quanto mais o bebê suga, mais leite a mama produz. A complementação com fórmula pode fazer com que a mama produza menos leite:

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A equipe do HNSC orienta as mães sobre a pega correta para evitar fissuras e lesões, que são dolorosas devido à sensibilidade da região. Além disso, a equipe desaconselha o uso de chupetas, que podem atrapalhar o aleitamento. A maternidade também está disponível para auxiliar em casos de fissuras ou mastite, que podem ocorrer após a alta. Apesar disso, o número de mães que procuram o serviço de apoio após a alta é pequeno, o que na prática, segundo a médica, pode ser reflexo do trabalho de orientação contínuo feito durante a internação.

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