Plano de ataque encontrado em escola de Pará de Minas diz “Vou acabar com a EEMB, bombas, tiros, facadas”

O Brasil chorou na quarta-feira, 13 de março, junto com pais, mães, familiares e amigos das vítimas da tragédia em Suzano, região metropolitana de São Paulo. Dois jovens, de 17 e 25 anos, entraram na Escola Estadual Professor Raul Brasil, abriram fogo e desferiram golpes de machadinha contra estudantes e funcionários. São 10 mortos, incluindo os assassinos, e 11 feridos, alguns em estrado grave.


O crime também chocou o país por causa das armas carregadas pelos jovens. Além do revólver calibre 38, eles tinham coquetel molotov, machadinha, besta, mala com fios, jetloaders e um arco e flecha.


A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo investigam o crime e já descobriram que os rapazes faziam parte de fóruns na internet que tratavam de violência. Eles participariam ainda de um grupo de ódio na chamada deep web, que é um espaço na internet não acessada em navegadores comuns.


Após a tragédia em Suzano, casos são relatados em todo o país. Estudantes que se dizem identificar com os ideais dos assassinos de Suzano foram apreendidos e até presos com planos de ação para atacar escolas em várias regiões.

Na noite de segunda-feira, 18 de março, uma notícia pegou os paraminenses de surpresa. Folhas encontradas no banheiro masculino que fica no segundo andar da Escola Estadual Manoel Batista (EEMB) continham desenhos e o planejamento de um possível ataque à escola.

Reprodução

São quatro folhas. Em uma o mapa da escola e dizeres como “Vou acabar com a EEMB, bombas, tiros, facadas”, “Não adianta chamar a Polícia, é mais fácil idolatrar Hitler”, e ainda, “Já estava tudo combinado com Guilherme e Luiz Henrique”. Há também desenhos de um revólver, faca e a da suástica, símbolo nazista.

Pais ficaram alarmados e nas redes sociais havia o pedido para os estudantes não irem à escola nesta terça-feira (19), pois o dono do plano de ação ainda não havia sido encontrado pela Polícia Militar, que foi chamada e uma ocorrência registrada.

Na escola nesta terça-feira, poucos alunos e um clima de tensão. Segundo a diretora interina, Mary Cristina de Paiva Pereira, os próprios alunos quem encontraram os escritos no banheiro e quando viram a gravidade da situação, chamaram a direção da escola que tomou as providências:


Mary Cristina de Paiva Pereira
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Uma equipe da 19ª Companhia Independente de Polícia Militar esteve na escola tanto na tarde de segunda-feira quando as folhas foram encontradas, como nesta terça para garantir a ordem e tranquilizar funcionários e estudantes.

Tenente Marcelo Pereira explica que o autor ainda não foi encontrado como tem sido comentado nas redes sociais e que a Polícia Militar está atenta a estes casos que vem surgindo no Brasil:


Tenente Marcelo Pereira
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A Polícia Civil fica agora responsável pelas investigações. Quem tiver informações sobre a autoria deste possível plano de ação pode denunciar de forma anônima pelos telefones 190 e no Disque Denúncia Unificado (DDU) no número 181.

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