Promotor faz reunião e alerta sobre consequências da paralisação dos médicos. Diretoria do HNSC se cala e prefeito fala
Conforme vem sendo publicado pelo Portal GRNEWS, começou a vigorar a partir das 7 horas desta sexta-feira (18) a paralisação parcial dos atendimentos médicos no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Pará de Minas. Este é mais um capítulo da crise eterna do único hospital da cidade.
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O movimento foi acertado pelo Corpo Clínico do HNSC e contou com o apoio da Associação Médica de Pará de Minas (AMPM) e do Conselho Regional de Medicina (CRM), com sede em Belo Horizonte.
Os profissionais estão atendendo apenas os casos de urgência e emergência. Por isso foram mantidos os plantonistas no Pronto Socorro e no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do HNSC.
A paralisação é uma forma de a categoria protestar contra a falta de pagamento pelos plantões e demais procedimentos desde março deste ano, como informou o diretor clínico Evandro Ferreira Campos.
Os médicos pretendem reduzir os atendimentos até que as autoridades e a diretoria do HNSC tomem providências em relação aos pagamentos atrasados. Eles disseram que a situação está ficando insustentável.
No início da tarde desta sexta (18) a reportagem do Portal GRNEWS acompanhou com exclusividade uma reunião realizada na sede da Promotoria de Justiça da Comarca de Pará de Minas.
Participaram do encontro o promotor Charles Daniel França Salomão, curador da Saúde, o prefeito Antônio Júlio de Faria (PMDB), o diretor Técnico-Médico do Gilberto Denoziro Valadares, o provedor Osvaldo Alves Leite e o administrador do HNSC Renato Vasconcelos.
A conversa entre os diretores da instituição de saúde, o chefe do Poder Executivo Municipal e o representante do Ministério Público Estadual, durou aproximadamente uma hora. Foram tratados os problemas financeiros enfrentados pelo HNSC.
O provedor Osvaldo Alves Leite, responsável pela gestão do hospital de Pará de Minas, saiu da reunião dizendo “tô mudo” e não quis gravar entrevista.
O diretor Técnico-Médico Gilberto Denoziro Valadares também não quis se pronunciar. O promotor de Justiça Charles França Salomão encerrou esta reunião e iniciou outra audiência e não falou sobre o assunto.
Já o prefeito Antônio Júlio de Faria foi único que se pronunciou sobre o encontro e falou sobre mais este capítulo relativo a infindável crise financeira do HNSC. Ele explicou claramente o que foi tratado durante a reunião. Ele disse que existe uma grande preocupação com a paralisação e o promotor de Justiça deixou claro quais serão as conseqüências que o movimento poderá acarretar para os médicos e o HNSC:
Antônio Júlio de Faria
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Sobre as exigências feitas pelo Ministério Público, Antônio Júlio explicou que existe um limite devido aos problemas internos do HNSC. Porém, ficou evidente que providências legais serão tomadas caso algum paciente não seja atendido:
Antônio Júlio de Faria
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O chefe do Poder Executivo Municipal reafirmou que o HNSC quer jogar a culpa pelos problemas administrativos na prefeitura. Ele disse que tentará conseguir recursos para ajudar a instituição de saúde:
Antônio Júlio de Faria
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Sobre a paralisação dos médicos de Pará de Minas, o prefeito ressalta que uma solução deverá ser encontrada pelos diretores do HNSC. Ele afirmou também que faltou diálogo e que é preciso encontrar uma saída para a atual situação delicada:
Antônio Júlio de Faria
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Antônio Júlio frisa que as discussões dos problemas da área da saúde às vezes partem para o lado pessoal e isso agrava ainda mais os problemas. Garantiu novamente que todos os repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) estão em dia e houve o questionamento das subvenções que não são obrigatórias:
Antônio Júlio de Faria
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Perdida em meio a estas discussões está à população de Pará de Minas que depende do SUS. O Pronto Atendimento Municipal José Porfírio de Oliveira (P.A.) continua com os plantões normalmente e como já foi confirmado pelo secretário municipal de Saúde, Cléber de Faria Silva. Alguns pacientes seguem “internados” na unidade há mais de 15 dias, mesmo sem poder.
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