Grupo de Trabalho debate dose de reforço de vacina contra a COVID-19 em pessoas idosas

O deputado federal Eduardo Barbosa presidiu nesta segunda-feira (18) a audiência pública do Grupo de Trabalho (GT) destinado ao acompanhamento e monitoramento da vacinação dos idosos no Brasil, que tratou sobre a dose de reforço de vacinas para a COVID-19 para essa faixa etária.

O Brasil já começou a vacinação da terceira dose de idosos e profissionais de saúde que tenham sido vacinados há ao menos seis meses. “Agora, com a questão da dose de reforço, o Grupo de Trabalho precisa de esclarecimentos para o monitoramento da distribuição das doses para os idosos”, afirmou o deputado, que é o coordenador do GT.

A Pesquisadora Médica da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Dra. Margareth Dalcomo, afirmou que o Plano Nacional de Imunização tomou a decisão correta ao instituir a vacinação heteróloga, ou seja, a terceira dose ser de uma vacina diferente da que foi usada na primeira dose.

“Estudos deixam claro que a heterogeneidade vacinal aumenta a imunidade dos idosos. Vacinas usadas de vírus desativados, como a Coronavac, tem uma efetividade menor nas faixas etárias mais avançadas, então o ideal é fazer um reforço vacinal com vacinas heterólogas, como a Pfizer e a AstraZeneca”, explicou a médica.

Victor Bertollo Gomes Porto, Médico Infectologista do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, garantiu que o Ministério da Saúde disponibilizará todas as doses necessárias.

“Até o final do ano teremos doses de reforço para vacinar toda a população acima de 60 anos, pois a expectativa é adquirir mais de 500 milhões de doses para esse fim”, afirmou.

A relatora do Grupo de Trabalho, deputada federal Carla Dickson (PROS-RN), afirmou que a expectativa é que, após essa audiência pública, ela apresente o relatório final do GT.

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