Comércio contrata mais temporários e sindicalista diz que governo não está preocupado com direitos do trabalhador

Desde a Reforma Trabalhista aprovada e sancionada em julho de 2017 muita coisa mudou. Entre as principais alterações as férias que podem ser divididas em três períodos, a jornada de trabalho é de no máximo 12 horas diárias totalizando 44 horas semanais, a contribuição sindical passou a ser opcional e há novas opções para as rescisões de trabalho.

Além disso, a promulgação da lei trouxe novidades em relação aos contratos temporários. Há novas regras que tem sido vistas com bons olhos pelos empresários já que não é necessário ter o vínculo empregatício com o prestador de serviços.

Os números mostram isso. No primeiro mês de 2019 o comércio fechou 65.978 vagas. Enquanto isso o número de trabalhadores temporários que foram contratados subiu 61,5%. No final de 2018 o comércio contratou 108 mil funcionários temporários.

Com a reforma o empregador pode contratar o temporário com a carteira assinada ou também formalmente porém sem o vínculo com o Ministério do Trabalho. E é aí que surge o problema segundo o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Pará de Minas (SindComerciários) Fausto José Conceição Abreu. Apesar de estudo revelar a contratação de temporários, o sindicalista diz que sem o registro na carteira é impossível saber se o número de contratações tem crescido realmente:

Fausto José Conceição Abreu
faustocontratos1


Fausto José Conceição Abreu ainda denuncia que o governo federal não está preocupado com o trabalhador visto que quer extinguir órgãos e entidades que defendem o colaborador brasileiro:

Fausto José Conceição Abreu
faustocontratos2

O presidente do SindComerciários lembra ainda que o trabalhador temporário tem os mesmo direitos que o funcionário comum. Entre esses direitos estão incluídas férias, 13º salário e o pagamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Ressalta ainda a importância de o funcionário temporário procurar o sindicato da categoria a que ele pertence para esclarecer todas as questões:

Fausto José Conceição Abreu
faustocontratos3

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o ritmo de contratações aumentou em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 1.325.883 em 2019 contra 1.284.498 em 2018.

As demissões, no entanto, também subiram, 1.290.870 em 2019 contra 1.206.676 em 2018. O resultado foi queda no saldo líquido de criação de empregos, de 77.822 no primeiro mês do ano passado para 34.313 em janeiro de 2019.

Portal GRNEWS © Todos os direitos reservados.

PUBLICIDADE
[wp_bannerize_pro id="valenoticias"]
Don`t copy text!