Casos de Sarampo em alta nas Américas

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu um alerta após o número de casos de sarampo nas Américas crescer 34 vezes em 2025 em comparação com o ano anterior. A doença já afetou dez países da região, totalizando mais de 10 mil confirmações e 18 mortes. O México lidera o número de óbitos, com 14, seguido pelos Estados Unidos e Canadá.

No Brasil, apesar de o número de casos ser menor, com 24 registros até o fim de agosto, a atenção é redobrada devido à alta transmissibilidade do vírus. De acordo com a chefe de laboratório da Fiocruz, Marilda Siqueira, o cenário exige uma elevação urgente nas taxas de vacinação. O ideal, segundo ela, é que a cobertura atinja pelo menos 95% da população para garantir uma proteção coletiva.

A vacina é a principal defesa
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, que se espalha pelo ar e pode gerar complicações graves, como pneumonia e encefalite. Até a década de 1990, era uma das principais causas de morte infantil no mundo. A vacinação mudou esse panorama, permitindo que a doença fosse eliminada do continente americano em 2016. No entanto, o risco de reintrodução é constante, especialmente quando as taxas de imunização caem.

Segundo a Opas, a maioria dos casos de sarampo em 2025 ocorreu entre pessoas não vacinadas. Para estar protegido, o indivíduo precisa de duas doses da vacina. No Brasil, o calendário regular prevê a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 15 meses de idade. No entanto, a Opas alerta que a cobertura vacinal nas Américas ainda está abaixo da meta de 95%.

Medidas de reforço no Brasil
Apesar do aumento de casos na região, o Brasil tem apresentado uma melhora nas taxas de vacinação desde 2023. O Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, tem reforçado as campanhas de imunização, principalmente em áreas de fronteira. Em julho e agosto, por exemplo, o Ministério promoveu dias de vacinação em diversas cidades de fronteira, como no Acre, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Mesmo com as iniciativas governamentais, a infectologista Marilda Siqueira ressalta que a colaboração da população é fundamental. A especialista reforça a necessidade de manter o cartão de vacinação atualizado e de procurar atendimento médico em caso de febre acompanhada de manchas na pele. Com informações da Agência Brasil

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