Pesquisa aponta estratégias para controlar erva invasora em plantações de soja e milho
Uma pesquisa desenvolvida pela Embrapa Agrossilvipastoril em parceria com universidades e institutos de pesquisa traz recomendações para o manejo da vassourinha-de-botão (Borreria spinosa), uma planta daninha que tem se espalhado por lavouras de soja e milho em Mato Grosso e na região do Matopiba. Suas características biológicas e a dificuldade de identificação têm complicado o combate à espécie.
Desafios no manejo e identificação
A vassourinha-de-botão é difícil de ser controlada, especialmente na fase adulta. Ela possui uma raiz robusta em forma de tubérculo lenhoso que a ajuda a armazenar água e nutrientes, permitindo que sobreviva a períodos de seca. Além disso, a planta é frequentemente confundida com outras espécies semelhantes, o que pode levar a um controle ineficaz.
Outro problema é a falta de registro de herbicidas específicos para a Borreria spinosa no Ministério da Agricultura. A maioria dos produtos é voltada para a Borreria verticillata, espécie que se assemelha e é muitas vezes identificada de forma equivocada.
Soluções e boas práticas no campo
A pesquisadora da Embrapa, Fernanda Ikeda, explica que o controle deve ser iniciado o mais cedo possível, antes que a planta se alastre. Uma das recomendações é o manejo em pós-emergência, principalmente para infestações localizadas nas bordas das lavouras.
Outras práticas de manejo já conhecidas também são eficazes, como a rotação de mecanismos de ação e o controle cultural. A inclusão de plantas forrageiras no sistema produtivo, como o consórcio de milho com braquiária, também ajuda a minimizar a infestação. As informações detalhadas estão disponíveis em uma publicação gratuita da Embrapa, que serve como guia para produtores e consultores. Com informações da Embrapa


