Contraste na produção de feijão: pequenas lavouras são maioria, mas grandes concentram o volume

O agronegócio de feijão no Brasil apresenta uma peculiaridade: embora as pequenas lavouras, com menos de cinco hectares, sejam a maioria, as grandes plantações são as que mais produzem. É o que revela uma pesquisa da Embrapa Arroz e Feijão (GO) baseada no Censo Agropecuário de 2017 do IBGE, que considerou os seis principais estados produtores do grão no país.

Produção concentrada e autoconsumo
O estudo mostra que 97% das unidades produtoras de feijão no Brasil são pequenas, mas o volume mais significativo vem das grandes lavouras. Aproximadamente 3 mil plantações grandes, que representam apenas 0,5% do total, são responsáveis por 75% da produção, colhendo mais de 1,2 milhão de toneladas do grão.

A pesquisa também apontou que 87% da produção total de feijão (cerca de 1,5 milhão de toneladas) é destinada à venda, enquanto o restante, aproximadamente 13%, é para o autoconsumo nas propriedades rurais. Em pequenas lavouras de feijão de cor, como o carioca e o roxinho, o autoconsumo chega a 59%.

Projeções para o futuro
O consumo de feijão no Brasil tem apresentado uma leve queda nos últimos dez anos, chegando a 13,2 quilos por habitante ao ano. No entanto, o país tem conseguido manter o abastecimento interno, com a produção variando entre 2,5 milhões e 3,4 milhões de toneladas anuais e importações próximas a 100 mil toneladas por ano.

Em anos recentes, o Brasil se tornou um exportador líquido de feijão. A balança comercial se inverteu a partir da safra 2017/18, e na safra 2023/24, a exportação do grão aumentou 22% em relação a uma década atrás. Com informações da Embrapa

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