Procura por crédito cresce no Sudeste com Minas Gerais e São Paulo na liderança
O Sudeste brasileiro demonstrou um aumento significativo na demanda por crédito dos consumidores, conforme revelam dados referentes aos últimos 12 meses até julho de 2025. Todos os estados da região apresentaram elevação na busca por recursos financeiros por parte da população.
Minas Gerais registrou a maior variação nesse período, com alta de 14,9%, seguido de perto por São Paulo, que marcou um crescimento de 12,4%. Os números constam do Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito da Serasa Experian, que acompanha os pedidos de crédito feitos pelos consumidores, independentemente de sua efetivação.
Cenário nacional: ritmo mais lento
Em um panorama mais amplo, a procura dos brasileiros por crédito teve uma variação positiva de 6,9% no acumulado dos últimos 12 meses até julho. Apesar do resultado favorável, esse crescimento foi o segundo menor registrado no ano, ficando apenas acima do mês de junho (6,6%).
Segundo a economista Camila Abdelmalack, o Brasil enfrenta um momento com uma quantidade recorde de pessoas negativadas — 78,2 milhões de brasileiros estavam inadimplentes. Esse quadro impulsiona a busca por maneiras de reorganizar o orçamento e honrar compromissos. Contudo, a persistência de juros elevados eleva o custo das renegociações e restringe o acesso a novos empréstimos, o que, por sua vez, pode desestimular a tomada de novos créditos.
Norte puxa a alta e faixas de renda
A elevação da demanda nacional foi notadamente impulsionada pela Região Norte. O Amazonas destacou-se com o maior crescimento do país, atingindo 21,6%, seguido pelo Amapá, com 17,3%.
A economista explica que os estados do Norte, com menor renda per capita, tendem a ser mais vulneráveis à deterioração do ambiente macroeconômico. No Amazonas, por exemplo, mais da metade da população adulta (56,07%) está inadimplente, o que muitas vezes força o recurso ao crédito para a quitação de dívidas. O Amapá, o Amazonas, Tocantins e Roraima estavam entre os dez estados com a população mais negativada em julho de 2025.
Em relação às faixas de renda, aqueles que ganham até um salário-mínimo foram os que apresentaram o maior aumento na busca por recursos financeiros no período (11,9%). Em seguida, vieram os que recebem de um a dois salários-mínimos (8,7%). Com informações da Assessoria de Comunicação da Serasa Experian

