Pará de Minas reforça combate à tuberculose com alerta à população sobre sintomas, diagnóstico, transmissão e o que você precisa saber

A tuberculose (TB) continua a ser um grave desafio de saúde pública global, e Minas Gerais se destaca como um dos estados com maior incidência da doença no Brasil. Pará de Minas, por sua vez, contribui significativamente para esse cenário, o que exige uma vigilância contínua e ações eficazes de combate. Diante dessa realidade, a Secretaria Municipal de Saúde, em colaboração com a Vigilância em Saúde, Atenção Primária e a Comissão Técnica de Enfrentamento às Emergências em Saúde, publicou a Nota Informativa nº 02/2025. O documento visa alinhar os protocolos assistenciais em toda a rede municipal de saúde para a gestão da tuberculose, fornecendo estratégias de contenção, controle e orientações epidemiológicas, laboratoriais e assistenciais.
A presidente da Comissão Técnica de Enfrentamento às Emergências em Saúde, enfermeira Viviane Cristina Carvalho Teixeira, enfatiza a relevância da Nota Informativa para o combate à doença. Ela destaca a importância do tratamento, dos principais sintomas, das formas de transmissão e prevenção, além de apresentar o panorama epidemiológico da tuberculose no município.
Sintomas, diagnóstico e transmissão: o que você precisa saber
A tuberculose é uma doença infecciosa grave, mas tratável e curável. Os sintomas mais comuns incluem tosse persistente por mais de duas semanas (seca ou com catarro), febre baixa (principalmente no final da tarde), suores noturnos, cansaço, perda de apetite, emagrecimento e irritabilidade. Em crianças menores de 10 anos, a suspeita deve surgir em casos de pneumonias arrastadas, sem melhora com antibióticos, ou em recém-nascidos de mães diagnosticadas com tuberculose. É crucial procurar uma Unidade Básica de Saúde ao apresentar esses sintomas para um diagnóstico precoce e tratamento adequado.
O diagnóstico da tuberculose é preferencialmente estabelecido por métodos bacteriológicos e moleculares. O Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB) é indicado para casos novos e possui alta sensibilidade, detectando também a resistência à rifampicina. Outros métodos incluem a baciloscopia direta (BAAR), que identifica casos transmissíveis, e a cultura para micobactérias, que confirma o diagnóstico. O raio-X de tórax também é uma ferramenta fundamental na avaliação inicial e no acompanhamento da doença.
A transmissão da tuberculose ocorre por via respiratória, através da inalação de partículas eliminadas pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose pulmonar ou laríngea ativa e sem tratamento. O risco de transmissão diminui significativamente após 15 dias de início do tratamento:
Viviane Cristina Carvalho Teixeira
Prevenção e tratamento: o papel do SUS
A principal forma de prevenção da tuberculose é a vacina BCG, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina é aplicada em recém-nascidos ainda na maternidade ou em crianças menores de cinco anos que não foram vacinadas, protegendo contra as formas mais graves da doença.
O tratamento da tuberculose é totalmente gratuito e oferecido exclusivamente pelo SUS. A duração mínima é de seis meses e utiliza uma combinação de medicamentos (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol). A adesão rigorosa ao tratamento é vital para a cura e para evitar a resistência aos medicamentos:
Viviane Cristina Carvalho Teixeira
Situação epidemiológica em Pará de Minas
Em 2024, Pará de Minas registrou 20 casos diagnosticados de tuberculose. Em 2025, até o momento da transcrição, já foram notificados 5 casos. Além disso, em 2024, foram registrados 8 casos de infecção latente da tuberculose, onde o paciente não apresenta sintomas, mas pode transmitir a doença. O Ministério da Saúde informou que, em 2023, mais de 4.500 casos de tuberculose foram registrados em Minas Gerais. A busca ativa por casos suspeitos e a notificação são essenciais para o controle da doença no município.
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