Águas de Pará de Minas inicia operação assistida do novo Sistema de Abastecimento do Rio Pará

Com investimento aproximado de R$ 150 milhões, a Vale entregou ao Município e à Águas de Pará de Minas o Sistema de Abastecimento do Rio Pará. A adutora, de 47 quilômetros, capta água no rio e leva até a Estação de Tratamento de Água (ETA), localizada no bairro Nossa Senhora das Graças. Lá, ela passa por várias etapas de tratamento e só então é distribuída aos imóveis.

Nesta quinta-feira, 11 de fevereiro, a reportagem do Portal GRNEWS visitou o ponto de captação no rio Pará, e conheceu de perto toda a estrutura construída pela Vale como uma das medidas de reparação após o rompimento da barragem em Brumadinho, em janeiro de 2019. A lama de rejeitos de minério contaminou o Paraopeba, principal fonte de captação de água para Pará de Minas, onde a Concessionária Águas de Pará de Minas construiu uma adutora ainda em 2015.

As obras para construção do novo sistema de abastecimento iniciaram em outubro de 2019 e desde então era grande a expectativa para inaugurar a adutora, pois os paraminenses não querem reviver um racionamento como foi entre os anos de 2014 e 2015.

Agora a população pode ficar despreocupada. O novo sistema tem capacidade de captar 284 litros por segundo, mesma vazão do Paraopeba, o que significa média de um milhão de litros de água por hora.

Ao Portal GRNEWS o gerente de implantação da Vale, Luciano Alvarenga destaca os principais pontos do projeto, que passa agora para a última fase, da operação assistida:

Luciano Alvarenga
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A tubulação, que compreende 47 quilômetros, ligando o ponto de captação do rio Pará ao bairro Nossa Senhora das Graças na área urbana de Pará de Minas, foi instalada de forma subterrânea, para ficar o menos aparente possível e minimizando impactos após a obra. Nesta fase de testes realizados pela Águas de Pará de Minas, caso seja necessário algum reparo, a mineradora assumirá os custos:

Luciano Alvarenga
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O superintendente da Águas de Pará de Minas Rodrigo Assad Macool também visitou a estrutura e constatou que o projeto finalmente está pronto e foi entregue.

Enquanto a adutora era construída, a mineradora ficou responsável por garantir água para que a concessionária abastecesse o município. E mesmo com a entrega do sistema, a Vale ainda continua com as obras emergenciais:

Rodrigo Assad Macool
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Desde a contaminação do rio Paraopeba, a captação foi suspensa naquele manancial e só retornará quando autoridades ambientais garantirem a qualidade da água:

Rodrigo Assad Macool
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Mais uma vez o prefeito Elias Diniz (PSD) ressalta a importância do Termo de Compromisso (TC) firmado com a Vale, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) através da Promotoria de Meio Ambiente da Comarca de Pará de Minas e a concessionária responsável pelo abastecimento de água na cidade.

Também ressalta que o município terá duas importantes captações quando o Paraopeba puder ser operado novamente:

Elias Diniz
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A operação assistida teve início nesta semana e deve durar em média 60 dias. Terminado o prazo, se tudo estiver conforme o planejado, a adutora será repassada oficialmente em definitivo ao Município que autorizará a Águas de Pará de Minas operar o sistema pelos próximos anos.

Entre as medidas emergenciais executadas, enquanto o sistema era construído, a Vale colocou em operação oito poços profundos garantindo uma vazão de 52 litros por segundo (l/s). Também foi construída uma nova captação no ribeirão Cova Danta em Córrego do Barro, com capacidade para 96 l/s. Para esse sistema, uma linha de distribuição de energia elétrica também foi necessária e instalada.

Para a construção da adutora, foram gerados, no pico das obras, mais de 600 empregos diretos, sendo que 36% da mão de obra contratada era de moradores de Pará de Minas, Conceição do Pará e municípios vizinhos. A mineradora também priorizou fornecedores da região, como forma de valorização local.