Nova cartilha orienta pais e educadores sobre saúde ocular na infância

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) lançaram a cartilha “Saúde Ocular na Infância“, um material com orientações práticas e seguras para pais e educadores. A publicação aborda desde o desenvolvimento visual de bebês e crianças até cuidados com condições comuns, como conjuntivite e terçol, além de orientar sobre o uso de óculos e maquiagem infantil.

A cartilha, lançada com a volta às aulas, busca auxiliar no cuidado da visão de crianças e adolescentes. Segundo o CBO, o material explica como lidar com quadros comuns: para a conjuntivite viral, a recomendação é usar compressas frias e manter boa higiene; para o terçol, a dica é aplicar compressas mornas e massagear suavemente a pálpebra. Em caso de obstrução do canal lacrimal em bebês, massagens no canto dos olhos podem ajudar, mas a persistência do problema requer atenção médica.

O impacto das telas e a importância da prevenção
A cartilha também alerta para o uso excessivo de telas. Para evitar a fadiga ocular e problemas a longo prazo, o material recomenda evitar a exposição de crianças com menos de 2 anos e limitar o uso a três horas diárias para adolescentes. A publicação sugere a regra 20-20-20: a cada 20 minutos de tela, olhar para algo a seis metros de distância por 20 segundos. Além disso, atividades ao ar livre são incentivadas para um desenvolvimento visual saudável.

O CBO destaca que 80% dos casos de cegueira infantil poderiam ser prevenidos ou tratados com o diagnóstico precoce, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A miopia, a hipermetropia e o astigmatismo são problemas comuns que podem afetar até 18% das crianças e, se não tratados, podem evoluir para quadros mais graves. Pais e professores devem estar atentos a sinais como dificuldade de enxergar a lousa, aproximação excessiva de livros ou telas e dores de cabeça frequentes.

Marcos do desenvolvimento e exames oftalmológicos
Para ajudar a identificar possíveis problemas, a cartilha apresenta marcos do desenvolvimento visual. Um bebê de um mês, por exemplo, já deve fixar o olhar; aos três meses, deve seguir objetos; e aos nove meses, deve reconhecer rostos familiares. Se a criança não atingir esses marcos ou apresentar sinais como desalinhamento dos olhos e reflexo esbranquiçado na pupila, é fundamental procurar um oftalmologista.

O CBO recomenda que, mesmo sem sintomas, o exame oftalmológico completo seja feito pelo menos duas vezes na infância: entre 6 e 12 meses, e entre 3 e 5 anos. Com informações da Agência Brasil

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