Inchaço que preocupa: desvende a Síndrome Nefrótica e proteja seus rins
O que aparenta ser uma simples “retenção de líquido” pode, na verdade, ser um sinal da Síndrome Nefrótica, um distúrbio renal que se manifesta pela eliminação excessiva de proteínas na urina. Essa condição, se não identificada e tratada precocemente, pode levar a uma insuficiência renal crônica irreversível.
Uma doença silenciosa com impactos no corpo
Embora não seja amplamente conhecida, a Síndrome Nefrótica afeta os rins, órgãos vitais responsáveis pela filtragem do sangue. O problema causa a perda de proteínas essenciais para o organismo, resultando em sintomas como inchaço generalizado (especialmente ao redor dos olhos, nos tornozelos e pés), urina espumosa devido à alta concentração de proteínas e, frequentemente, aumento do colesterol. Em crianças, a causa mais comum é a “doença de lesões mínimas”, que geralmente responde bem ao tratamento. Em adultos, a síndrome pode ser secundária a outras condições, como diabetes ou lúpus.
“O que torna esta síndrome particularmente preocupante é sua capacidade de progredir insidiosamente. Muitos pacientes procuram ajuda médica apenas quando os sintomas já estão avançados”, explica David Saitovitch, chefe do Serviço de Nefrologia e coordenador do Grupo de Transplante Renal do Hospital Moinhos de Vento.
Sinais de alerta e a importância do diagnóstico precoce
A Síndrome Nefrótica pode surgir em qualquer idade, mas é mais comum em crianças entre 2 e 6 anos, bem como em adultos com diabetes, lúpus ou outras doenças autoimunes. Milhares de brasileiros podem viver com a condição sem saber, confundindo os sintomas iniciais com problemas menos graves. “É importante ressaltar que, com o tratamento correto, a maioria dos casos pode ser controlada efetivamente, preservando a função renal e permitindo que os pacientes tenham uma vida normal”, destaca o especialista. “No entanto, quando o diagnóstico é tardio, podemos estar diante de danos renais irreversíveis.”
Fique atento aos seguintes sinais que não devem ser ignorados:
Inchaço persistente no rosto, principalmente ao redor dos olhos pela manhã.
Inchaço nas pernas, tornozelos e pés que não melhora com repouso.
Urina espumosa ou com aparência leitosa.
Ganho de peso súbito e sem explicação.
Fadiga e fraqueza constantes.
Perda de apetite.
O diagnóstico preciso da Síndrome Nefrótica exige exames laboratoriais especializados de urina e sangue, biópsia renal, ultrassonografia dos rins e, em casos de suspeita de causas hereditárias (especialmente em recém-nascidos), testes genéticos. Um acompanhamento multidisciplinar é fundamental. “No Moinhos de Vento, o nosso protocolo integrado permite não só um diagnóstico mais assertivo, mas também a identificação da causa subjacente, o que é fundamental para o tratamento direcionado”, afirma o nefrologista.
O tratamento pode incluir medicamentos imunossupressores, corticosteroides, controle rigoroso da pressão arterial e modificações dietéticas específicas. “Cada paciente recebe um plano terapêutico personalizado, considerando a idade, causa da síndrome e resposta individual ao tratamento”, complementa o médico.
Esperança e qualidade de vida com o tratamento correto
Graças aos avanços nas terapias e ao diagnóstico precoce, o prognóstico da Síndrome Nefrótica tem melhorado consideravelmente. Crianças com a forma mais comum da doença apresentam taxa de remissão de até 90% quando tratadas adequadamente. Em adultos, embora o tratamento possa ser mais complexo, a estabilização da função renal e o controle dos sintomas são metas atingíveis na maioria dos casos.
“Queremos que as famílias saibam que existe esperança. A Síndrome Nefrótica, quando diagnosticada precocemente, não precisa ser uma sentença de vida limitada. Com o tratamento correto, nossos pacientes retomam suas atividades normais e mantêm qualidade de vida”, enfatiza o especialista.
O Hospital Moinhos de Vento salienta a importância da conscientização sobre a Síndrome Nefrótica. Diante de qualquer sintoma suspeito, a busca por avaliação médica especializada é crucial e não deve ser postergada. “Cada dia pode fazer a diferença entre a preservação ou a perda progressiva da função renal”, aconselha David Saitovitch. Com informações da Assessoria de Comunicação do Hospital Moinhos de Vento