Gerente da ARSAP acredita que a Vale pode custear novo sistema de captação de água em Pará de Minas
A possibilidade de construção de nova rede adutora para captar água e abastecer o município de Pará de Minas foi anunciada pelo prefeito Elias Diniz (PSD) nesta quinta-feira, 7 de fevereiro, após a primeira reunião do Comitê de Gestão e Avaliação de Resposta ao Desastre provocado pelo rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho.
Elias Diniz disse que o município está integrado ao comitê estadual que discute os impactos e ações relacionadas aos danos causados pela tragédia da Vale, que além de muitas mortes, contaminou o Rio Paraopeba. Disse ainda que o dinheiro da mineradora bloqueado pela justiça pode ser usado para construir uma nova adutora.
A captação de água para abastecer Pará de Minas era realizada no distrito de Córrego do Barro. Para viabilizar esta adutora de 28 quilômetros a concessionária Águas de Pará de Minas investiu mais de R$ 40 milhões. Mas agora está impedida de captar água no local em razão dos danos causados pela tragédia da Vale.
O gerente de Regulação da Agência Reguladora de Água e Esgoto de Pará de Minas (ARSAP) Frederico Mendes Amaral participou da reunião do comitê e está confiante no que dizem os representantes da Vale. Acredita que eles estão dispostos a bancar uma nova adutora se for à saída para abastecer Pará de Minas:
Frederico Mendes Amaral
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Frederico Mendes Amaral reafirmou que a captação de água no Rio Paraopeba continua suspensa desde a noite de 29 de janeiro. Não se sabe quando e nem se será possível algum dia reativar a captação de água em Córrego do Barro para abastecer Pará de Minas sem oferecer riscos a saúde dos paraminenses.
Ambientalistas dizem sem meias palavras que a tragédia da Vale em Brumadinho já matou mais de 100 quilômetros do Rio Paraopeba, por enquanto. Dizem ainda que para voltar a utilizar a água do rio com segurança, sem oferecer riscos à saúde humana e animal poderá levar décadas.
O desastre ambiental pode ser ainda maior casos os rejeitos cheguem até a barragem de Três Marias e depois a calha do Rio São Francisco.
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