Há seis anos a água do Rio Paraopeba chegava à estação de tratamento, afastando o risco de racionamento em Pará de Minas

Há seis anos os paraminenses não sofrem mais com o risco de desabastecimento de água. No dia 6 de outubro de 2015 Pará de Minas vivia um momento histórico. À tarde, por volta das 16 horas de uma terça-feira, toda a tubulação estava interligada, a descarga – água que carrega resíduos de terra e outros materiais que possam ter ficado dentro da tubulação – havia acabado e a tão preciosa água, do Sistema Paraopeba, chegava à Estação de Tratamento de Água (ETA) localizada no bairro Nossa Senhora das Graças.


A adutora foi construída em tempo recorde, em apenas seis meses, com investimento alto. A rede de 28 quilômetros trazia água do Rio Paraopeba, na região do distrito de Córrego do Barro até a ETA. Composta por tubos de seis metros de comprimento, foram aproximadamente 4.700 tubos ao longo de toda a adutora.

A concessionária Águas de Pará de Minas começou a operar no município em abril de 2015, após vencer uma licitação publicada pela Prefeitura. À época o prefeito Antônio Júlio de Faria (MDB) decidiu abrir o processo licitatório para contratar uma empresa responsável pelo abastecimento de água e tratamento do esgoto na cidade, afinal a Copasa, que era detentora dos direitos, não estava mais conseguindo realizar o serviço com excelência.


Assim que ganhou o processo, o Grupo Águas do Brasil iniciou suas instalações na cidade criando a subsidiária Águas de Pará de Minas, que passou a ser a primeira concessionária do grupo no estado de Minas Gerais.

Apenas no primeiro ano foram R$ 50 milhões investidos, sendo boa parte deste dinheiro na construção da adutora que resolveu os problemas de abastecimento na cidade.


No primeiro dia de funcionamento da adutora alguns vazamentos foram identificados pelos técnicos, mas rapidamente solucionados.

Após meses racionando água, os paraminenses tiveram que esperar cerca de dois dias para abastecer continuamente toda a cidade e desde então, só faltou água quando foi necessário algum reparo na rede.


No dia seguinte à chegada da água do Paraopeba, foi feita uma verdadeira festa para a inauguração da nova adutora, em 7 de outubro de 2015. À época chegavam 160 litros por segundo, volume suficiente para manter Pará de Minas abastecida.


Porém, em 2019 foi necessário suspender a captação de água no Paraopeba. O rompimento da barragem em Brumadinho contaminou o rio e a Vale, responsável pelo crime ambiental foi obrigada a construir uma nova adutora para abastecer Pará de Minas.

Em fevereiro de 2021 foi inaugurada a rede que transporta água do Rio Pará até a ETA de Pará de Minas.

Quando o Rio Paraopeba não estiver mais contaminado, Pará de Minas será uma das poucas cidades do Brasil com duas adutoras e com autorização para captar água em dois rios. Aí enfim, será o momento de respirar aliviados.

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