Vereadora questiona uso de espaço público para castração de animais em evento restrito em Pará de Minas. Ação no CCP levantou dúvidas sobre transparência

A vereadora Irene Susana da Silva de Melo Franco (PV) trouxe à tona um debate sobre o uso do Centro de Controle Populacional de Cães e Gatos (CCP) de Pará de Minas. Ela recebeu denúncias apontando que o espaço público foi utilizado, de forma restrita, para a castração de 36 animais, em um evento que beneficiou exclusivamente uma Organização Não Governamental (ONG), cujo nome não foi revelado, deixando de fora outras entidades e a população em geral.

O procedimento teria ocorrido em um domingo, sem qualquer divulgação ou convocação aberta para a comunidade. Diante dos questionamentos recebidos, a vereadora protocolou um requerimento, solicitando esclarecimentos formais da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agronegócio, Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente.

Primeiras respostas não convencem
De acordo com Irene Susana da Silva de Melo Franco, parte das respostas já foi encaminhada pela administração municipal, mas ainda há lacunas. Segundo ela, o documento confirma que a castração de fato ocorreu e que foi realizada em parceria com uma ONG local, que disponibilizou veterinários voluntários.

Apesar disso, a vereadora afirma que muitas informações ficaram de fora, como detalhes sobre o uso de insumos do CCP, se houve participação de funcionários da Prefeitura na realização dos procedimentos e os critérios adotados para a seleção dos animais:

Irene Susana da Silva de Melo Franco

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Prefeitura admite projeto piloto, mas falta transparência
Na resposta preliminar, a Prefeitura informou que a ação foi realizada como um projeto piloto, autorizado pelo secretário da pasta, em parceria com uma ONG. Parte dos animais castrados já estava sob a guarda do próprio CCP, e a ONG teria arcado com boa parte dos insumos e dos profissionais envolvidos.

Ainda segundo os esclarecimentos recebidos até agora, a maioria dos animais castrados foi levada para uma feira de adoção, onde encontraram novos lares. No entanto, a falta de critérios claros sobre como a parceria foi estabelecida e por que outras ONGs ou cidadãos não foram contemplados segue gerando insatisfação:

Irene Susana da Silva de Melo Franco

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Ministério Público será acionado
Diante da situação, a vereadora Irene Susana da Silva de Melo Franco informou que, além de aguardar respostas complementares da Prefeitura, buscará apoio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para acompanhar o caso. O objetivo é garantir que o uso de espaços públicos e dos recursos destinados ao controle populacional de animais seja feito de forma justa, transparente e igualitária.

“Nosso compromisso é buscar esclarecimentos e garantir que as políticas públicas de proteção animal sejam conduzidas com responsabilidade, sem privilégios e com acesso democrático para todos que atuam na causa”, concluiu Irene Franco.

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