Mesmo com isolamento social, paraminenses vão para as ruas e muitos questionam porque ninguém fiscaliza

Nas redes sociais boa parte da população se mostra indignada. Seja aqueles que defendem a volta do funcionamento no comércio e os grupos de risco permaneçam em casa; ou boa parte que acredita nas recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde, que ficar em casa, em isolamento social, é a melhor opção para conter o avanço do novo coronavírus (COVID-19). A Organização Pan-americana de Saúde (Opas) também afirma que o isolamento social é a melhor maneira de combate à COVID-19.


Fato é que os profissionais da saúde alertam que não devemos subestimar os problemas causados pela COVID-19. No mundo, países importantes para a economia mundial, como os Estados Unidos da América, já declararam que permanecerão em isolamento social até o final de abril, cancelando voos e não permitindo a entrada de estrangeiros por meio terrestre. Sem contar que o pedido é um só: que as pessoas permaneçam em casa e só saiam em casos de extrema necessidade.


A Espanha também ampliou e fortaleceu as medidas de isolamento social. O governo da Itália também prorrogou as orientações de isolamento social. A chefe médica disse que o isolamento social no Reino Unido devido à COVID-19 pode durar até seis meses.

No Brasil, entre tantas ações, o governo do Distrito Federal estendeu o fechamento do comércio e das escolas até o dia 31 de maio, mantendo o isolamento social para conter a COVID-19. O objetivo de quem cumpre as medidas é não repetir os erros de Itália e Espanha que demoraram para tomar esta decisão e pagam caro com centenas de mortes causadas pelo coronavírus a cada dia.


Mas tem quem pense diferente, como o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) que defende a flexibilização das regras e a retomada da economia. Ele argumenta que é preciso salvar vidas, sem deixar para trás os empregos.

Em Minas Gerais a Secretaria de Estado de Saúde informou ao Ministério Público que o isolamento social será mantido até pelo menos o dia 13 de abril. Ressaltando que Pará de Minas passou a seguir as determinações do Governo de Minas Gerais.


Em Pará de Minas muitos estão seguindo à risca os conselhos, outros querem flexibilizar as regras, como um grupo de empresários que se reuniu na sede da Associação Empresarial de Pará de Minas (Ascipam) e prometeram encaminhar um documento para o comitê de crise solicitando a reabertura do comércio. Quando é possível, muitos trabalham em casa, no modo home office. Acreditam que é melhor preservar a vida e depois pensarão na economia. Alguns afirmam que é melhor ser “falido” do que “falecido” e não poder cuidar mais da família.

Mas o que se tem visto são ruas cheias. A Benedito Valadares, com a maioria das lojas fechadas, fica lotada de gente boa parte do dia. Segundo eles, vão aos bancos e lotéricas. Falando nestas instituições, os bancos restringiram o tempo de funcionamento e a quantidade de pessoas dentro da agência.


O problema é do lado de fora, onde a própria população se sujeita a ficar próxima e sem qualquer meio de prevenção e as aglomerações ocorrem contribuindo para facilitar a propagação do vírus. Dizem que tudo parou, mas as contas não param de chegar e precisam pagá-las. Reclamam que o governo deveria ter fechado os bancos e congelado a economia em tempos de pandemia, já que a maioria não pode trabalhar. Argumentam que isso contribuiria para que as pessoas ficassem em casa cumprindo o isolamento social.


Já nos bairros, como na avenida Presidente Vargas e rua Nova Serrana, também nota-se um movimento intenso de veículos e pessoas. Tem quem reclame que muitas empresas não estariam respeitando o decreto estadual onde apenas os serviços essenciais podem se manter abertos. Há quem garanta que alguns estabelecimentos, como salões de beleza, continuam funcionando mesmo que discretamente.

Há relatos nas redes sociais que idosos continuam nas ruas, conversando e até jogando baralho na praça Torquato de Almeida, região central da cidade. Outros ainda contam que muita gente promove festas em casa, com aglomeração de pessoas.


O Departamento de Vigilância Sanitária de Pará de Minas é o responsável por fiscalizar estes estabelecimentos abertos durante a pandemia para restringir a circulação de pessoas nas ruas. O telefone para denúncias toca o dia inteiro, pois boa parte da população está indignada com algumas empresas que não seguem as recomendações estaduais. Citam que estas empresas colocam o dinheiro em primeiro lugar, deixando de lado a saúde em tempos de pandemia.

As opiniões são diversas e neste contexto ainda surgem muitos questionamentos sobre quem é responsável pela fiscalização afim de evitar as aglomerações e o grande número de pessoas nas ruas de Pará de Minas em tempos de isolamento social.

O Portal GRNEWS tentou buscar respostas para este questionamento. A Polícia Militar disse que dá apoio aos fiscais da Vigilância Sanitária na averiguação das denúncias. Militares da 19ª Companhia Independente tem acompanhado os profissionais, como explica tenente Bernardo Arthur Wenceslau Navarro:


Bernardo Arthur Wenceslau Navarro
tenberfiscalizacorona1


A reportagem do Portal GRNEWS também solicitou a manifestação do diretor de Vigilância em Saúde Vander da Silva Rodrigues. Fomos informados que ele gravou o áudio para nos enviar seu posicionamento, mas por questões
internas na prefeitura, a gravação dele não chegou até o momento desta publicação.

As denúncias relacionadas aos estabelecimentos abertos durante a pandemia devem ser feitas junto a Vigilância Sanitária pelo telefone (37) 3231-7722, de segunda a sexta-feira de 7 às 16 horas.

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