Procuradoria da Mulher do Legislativo e Associação Por Elas oferecem apoio jurídico e psicólogo gratuito para mulheres vítimas de violência

Uma nova parceria em Pará de Minas começou a oferecer, a partir desta segunda-feira (1º), atendimento gratuito a mulheres que foram vítimas de violência. Conforme publicado pelo Portal GRNEWS, a iniciativa é fruto de um Termo de Cooperação assinado, em 22 de agosto, entre a Procuradoria da Mulher, vinculada à Câmara Municipal, e a Associação Por Elas, com o objetivo de fortalecer a rede de apoio e acolhimento no município.

Serviço de porta aberta e voluntariado
A parceria disponibiliza serviços de orientação jurídica e acolhimento psicológico, sem a necessidade de agendamento prévio. Os atendimentos jurídicos ocorrerão todas as sextas-feiras, das 8h às 11h, enquanto o suporte psicológico será oferecido às segundas e quartas, das 8h às 11h, e nas sextas-feiras, das 11h às 15h. Todas as atividades serão realizadas na sala da Procuradoria da Mulher, na Câmara Municipal.

A psicóloga e presidente da Associação Por Elas, Andréa Moreira, informou que cinco voluntários, incluindo três psicólogos e duas advogadas, estão à disposição para os plantões. A ideia é expandir os serviços para que funcionem em horário integral, de segunda a sexta-feira. A iniciativa também acolhe parceiros que desejem participar de sessões de aconselhamento e oferece orientação em casos de separação ou divórcio que envolvam violência.

Dados alarmantes reforçam a urgência do serviço
A necessidade de mais portas de acolhimento é confirmada por dados preocupantes. Entre janeiro e agosto de 2025, o Sistema Único de Saúde (SUS) de Pará de Minas registrou 188 casos de violência contra mulheres, enquanto a Polícia Civil contabilizou 209 ocorrências até junho. A maioria das agressões ocorre dentro de casa (87%) e é praticada por pessoas próximas às vítimas (92%).

As estatísticas também apontam para um recorte de raça e idade. Mulheres pretas e pardas representam mais de 60% dos casos registrados pelo SUS, indicando que a violência de gênero se soma ao racismo estrutural. Embora a faixa etária mais afetada seja entre 20 e 59 anos, casos envolvendo adolescentes e idosas também são recorrentes. A variedade de abusos, como violência física e psicológica, e o alto número de casos de automutilação e tentativa de suicídio (110 registros) sinalizam o extremo sofrimento dessas mulheres.

A presidente da Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal de Pará de Minas, vereadora Irene Susana da Silva de Melo Franco (PV), destacou que a parceria é um passo importante para criar um espaço seguro de escuta e orientação. Ela ressaltou que a iniciativa busca promover uma cultura de enfrentamento à violência na cidade.

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