Conta de luz pesa no bolso do consumidor em Pará de Minas com reajuste na conta Cemig e cobrança extra na bandeira vermelha

O mês de junho começa com uma notícia amarga para os moradores de Pará de Minas: a conta de energia elétrica ficará duplamente mais cara. Isso porque os consumidores atendidos pela Cemig Distribuição enfrentarão um reajuste de 7,36% nas tarifas residenciais, somado à cobrança adicional da bandeira vermelha, anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Reajuste tarifário impacta diretamente as famílias
O aumento nas tarifas, autorizado pela Aneel no dia 20 de maio, entrou em vigor a partir de 28 de maio de 2025 e valerá até maio de 2026. Para os consumidores residenciais, o reajuste chega a 7,36%, enquanto as famílias cadastradas na Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) terão um impacto menor, de 2,02%, devido à isenção de encargos como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

Segundo a Aneel, a principal razão para o aumento foi o crescimento dos encargos setoriais, que respondem por 4,63 pontos percentuais do reajuste. Esses encargos financiam políticas públicas do setor elétrico, como a expansão da rede, incentivos a fontes renováveis e o próprio subsídio da tarifa social.

Entenda por que sua conta de luz pesa tanto
O gerente de regulação da Cemig, Giordano Bruno Braz de Pinho Matos, explica que apenas 26% do valor da conta corresponde efetivamente à distribuição feita pela empresa. Os outros 74% são divididos entre:
Energia comprada: 25%
Tributos estaduais e federais: 21%
Encargos setoriais: 18%
Transmissão: 9%
Outros custos: 1%

Entre os grandes vilões da fatura estão os subsídios cruzados, que representam uma fatia expressiva do custo. De acordo com o “Subsidiômetro” da Aneel, 17,33% da última conta paga pelos clientes da Cemig foi destinado a custear subsídios, principalmente para empresas e consumidores de geração distribuída (GD), como usinas solares.

Em 2024, os mineiros desembolsaram R$ 3,5 bilhões em subsídios, um aumento de 29,63% em relação ao ano anterior. Neste ano, só no primeiro semestre, o valor já se aproxima de R$ 1 bilhão, sendo mais de 80% voltado para a geração solar e outras fontes incentivadas.

Bandeira vermelha acende alerta e pesa ainda mais no orçamento
Se o reajuste tarifário já não fosse suficiente, os consumidores terão outro golpe no orçamento: a bandeira vermelha, patamar 1, será aplicada na conta de luz de junho. Isso significa um custo extra de R$ 4,463 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

A justificativa da Aneel é o baixo nível de chuvas e vazões nos reservatórios, o que obriga o acionamento de usinas termelétricas, cuja energia é mais cara. Em maio, o país já operava com a bandeira amarela, mas o cenário hidrológico piorou com o fim do período chuvoso, exigindo um ajuste para cima no custo da geração.

Como funcionam as bandeiras tarifárias?
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para sinalizar ao consumidor o custo real da geração de energia no país. Funciona assim:
Bandeira verde: sem cobrança adicional.
Bandeira amarela: acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh.
Bandeira vermelha patamar 1: acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 kWh.
Bandeira vermelha patamar 2: acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh.

O último período em que as contas estavam sem custo extra foi entre dezembro de 2024 e abril de 2025, quando a bandeira verde esteve em vigor graças às boas condições dos reservatórios.

Moradores de Pará de Minas no aperto
Para os consumidores de Pará de Minas, o efeito combinado de reajuste tarifário da Cemig e a bandeira vermelha significa um aumento expressivo na conta de luz já no mês de junho. A recomendação dos especialistas é redobrar os cuidados com o consumo, buscar formas de economizar energia e, sempre que possível, adotar práticas mais eficientes para reduzir os impactos no orçamento doméstico. Com informações da Agência Brasil e da Assessoria de Imprensa da Cemig.

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