Setor têxtil se mantém durante a pandemia e busca retomar o crescimento em 2021 com geração de empregos
O setor têxtil brasileiro continua crescendo a passos lentos. A situação vem se arrastando ao longo dos anos e se a expectativa era de crescimento rápido, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) atrasou muitos planos.
Os tecidos chineses vêm batendo de frente com o produto brasileiro há muito tempo e fica praticamente impossível cobrir o preço que é cobrado pelos asiáticos. Com isso as fábricas brasileiras tentam se recuperar desde 1992, quando a China entrou no mercado.
O Portal GRNEWS ouviu o diretor comercial da Coopertêxtil Júlio Morais que contou que Pará de Minas continua na concorrência. Não tem produção própria de fiação, mas a tecelagem ainda consegue se manter:
Júlio Morais
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Em 2019 o setor começou a alavancar e ia bem até que veio a pandemia em 2020. Na Coopertêxtil, por exemplo, todos os pedidos foram cancelados. Mas as máscaras, utilizadas como prevenção à Covid-19, salvaram as fábricas, que se empenharam em produzir tecidos para este fim:
Júlio Morais
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O algodão, cotado pelo dólar, também ficou mais caro neste período. Com isso, as empresas têxteis se dividem entre manter os funcionários e as contas em dia, e comprar insumos bem mais caros:
Júlio Morais
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Para se manter, a Coopertêxtil inovou em meio à pandemia, abriu uma nova tecelagem, contratou mais pessoas e aumentou a produção:
Júlio Morais
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A Associação Brasileira da Industria Têxtil e de Confecção (Abit) projeta 2,09 bilhões de toneladas e 5,81 bilhões de peças produzidas em 2021. Os números são bem semelhantes a 2019 quando o mercado se reestabelecia. Quanto ao número de empregos, o setor, que perdeu 39 mil postos de trabalho em 2020, espera recuperar ao menos 65% deste volume ainda neste ano.
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