Casos de COVID-19 continuam aumentando em Pará de Minas e HNSC desabilita 10 leitos de CTI

O número de casos do novo coronavírus (COVID-119) está aumentando em vários estados brasileiros. Para citar apenas alguns exemplos do Sudeste, São Paulo e Rio de Janeiro estão ampliando no número de leitos para pacientes com COVID-19, em razão da crescente taxa de ocupação, e também cancelaram todas as cirurgias eletivas. Em Minas Gerais a Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) desistiu de desabilitar leitos para tratar infectados pelo novo coronavírus. O prefeito reeleito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) disse esta semana que não descarta fechar a cidade novamente devido ao aumento de casos. O mesmo ocorre em outras regiões do Estado, tanto que várias delas foram obrigadas a regredir no Plano Minas Consciente devido ao aumento dos casos de COVID-19.

Os sinais também não são nada favoráveis em Pará de Minas que vem registrando um número crescente e preocupante de casos confirmados e suspeitos, o próprio secretário municipal de Saúde Wagner Magesty e o presidente da Câmara Municipal Marcílio Magela de Souza testaram positivo para a doença. Apesar disso, o município está seguindo na contramão em relação a outras cidades e estados. Por aqui, estão desativando leitos no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) para pacientes com COVID-19. O argumento é que a decisão partiu da regional de saúde, sediada em Divinópolis.

O Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) contava com 30 leitos de Centro de Terapia Intensiva (CTI) habilitados para funcionamento pelo Sistema Único de Saúde. Dez deles inaugurados recentemente, em julho deste ano, com intuito inicial de oferecer estrutura durante a pandemia do novo coronavírus.

Mas o governo federal decidiu fazer um realinhamento dos leitos de CTI exclusivos para tratamento da COVID-19. Através das Superintendências Regionais de Saúde (SRS) suspendeu a habilitação de alguns, devido à baixa demanda.

Dez deles são em Pará de Minas, que mesmo com 20 leitos exclusivos para pacientes diagnosticados com o novo coronavírus, durante toda a pandemia houve cerca de 10 internações simultâneas.

A decisão foi da SRS de Divinópolis, como contou ao Portal GRNEWS o diretor do HNSC Clelton de Faria Pacheco:


Clelton de Faria Pacheco

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Agora o HNSC passa a ter 10 leitos exclusivos de COVID-19 e outros 10 para outros tratamentos. A direção do hospital também pretende solicitar a habilitação dos 10 leitos como CTI geral, para que mais atendimentos possam ser prestados:

Clelton de Faria Pacheco
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Manter o funcionamento de um CTI é caro e exige uma equipe grande que inclui o setor de enfermagem, médicos e especialistas. Segundo Clelton Pacheco a média é de R$ 200 mil por mês pois são necessários profissionais 24 horas, sete dias da semana, independente se os leitos estão ocupados.

Por isso a equipe contratada foi dispensada e os equipamentos ficarão guardados, caso o CTI seja reativado devido a pandemia do novo coronavírus.

A direção do HNSC continua preocupada com a situação da COVID-19 e pede o apoio da população:

Clelton de Faria Pacheco
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O espaço reformado este ano não ficará ocioso. O local agora se tornou mais uma enfermaria do HNSC e é ocupado por pacientes que passaram por cirurgia pelo SUS.

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