Operação “Fake Road” da PF investiga desvios em obras com verbas parlamentares

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira uma operação para apurar alegados desvios de recursos públicos em projetos de pavimentação rodoviária. As obras foram financiadas por meio de emendas parlamentares.

O inquérito estima que o dano aos cofres públicos chegue a R$ 22 milhões. A ação, batizada de “Fake Road” (Estrada Falsa, em inglês), tem como objetivo desarticular um esquema que envolveria funcionários públicos e representantes de empresas privadas.

Ação coordenada e alvos da investigação
A PF está cumprindo 11 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Nove desses mandados estão sendo executados em Fortaleza (CE) e dois em Natal (RN).

Os contratos sob suspeita pertencem ao Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS). A Controladoria-Geral da União (CGU) também está envolvida na operação.

Além das buscas, a Justiça autorizou medidas rigorosas contra os investigados, incluindo:
Bloqueio judicial de bens e valores.

Indisponibilidade de veículos e imóveis.

Busca pessoal e veicular.

Quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático.

Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o envolvimento de deputados ou senadores. O DNOCS foi contatado pela Agência Brasil, mas não se pronunciou até a publicação desta reportagem.

Emendas parlamentares sob escrutínio
As emendas parlamentares são instrumentos do orçamento público que permitem a congressistas (deputados e senadores) direcionar verbas para políticas ou projetos específicos.

Nos últimos anos, esses recursos têm se tornado um foco constante de investigações realizadas pela PF e pela CGU, devido a suspeitas de irregularidades e uso indevido.

Em um caso recente, no final de agosto, o ministro do STF Flávio Dino determinou que a PF investigasse 964 emendas individuais de transferência especial, conhecidas como “emendas Pix”, que totalizavam R$ 694 milhões.

Além disso, as emendas foram alvo de bloqueios de valores significativos. Em dezembro de 2024, o ministro Dino já havia suspendido o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas devido a indícios de irregularidades. Com informações da Agência Brasil

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