Revolução na educação: Brasil tem mais alunos a distância que presenciais pela primeira vez
A educação superior no Brasil alcançou um marco histórico em 2024, com mais de 10,2 milhões de estudantes matriculados. Pela primeira vez, o número de alunos em cursos a distância (EaD) superou o de matrículas em modalidades presenciais, refletindo uma mudança significativa no cenário educacional do país. De acordo com dados do Censo da Educação Superior 2024, o EaD já responde por 50,7% do total de estudantes na graduação, com um crescimento de 5,6% em relação a 2023.
Esse avanço do ensino a distância contrasta com a leve queda de 0,5% nas matrículas presenciais no mesmo período. Para o presidente do Inep, Manuel Palacios, essa expansão é um reflexo das novas tecnologias, que ampliaram o acesso ao ensino superior, especialmente para a população que trabalha.
Um novo perfil de ensino e a diversidade de cursos
A modalidade EaD expandiu sua presença para 3.387 municípios brasileiros, demonstrando uma capilaridade que democratiza o acesso à educação. Essa descentralização, somada à regulamentação que permite novos formatos de ensino, deve consolidar um modelo mais flexível nos próximos anos.
Em relação aos cursos, o grau de bacharelado continua predominante no país, com 60% das matrículas. No entanto, os cursos tecnológicos se destacam pelo crescimento acelerado, com um aumento de quase 100% na última década. Entre as graduações mais procuradas, a de Pedagogia lidera o ranking de matrículas e concluintes, seguida de perto por Administração, Direito e Contabilidade.
Onde os alunos e professores se concentram
O censo também revela dados importantes sobre a estrutura do ensino superior. A maioria das matrículas de graduação, cerca de 79,8%, está concentrada em instituições privadas. No entanto, as universidades públicas representam a maioria entre as instituições de ensino, com destaque para as federais e estaduais.
Em relação ao corpo docente, houve um aumento no número de professores na rede pública nos últimos 10 anos, enquanto a rede privada registrou uma diminuição. A pesquisa mostra que os docentes das instituições públicas, em sua maioria, têm doutorado e trabalham em tempo integral, ao passo que nas privadas predominam professores com mestrado e em regime parcial. Com informações da Agência Brasil

