Trabalho infantil no Brasil cai 21,4% em oito anos

Pesquisa do IBGE aponta uma redução constante no número de crianças e adolescentes em situação de trabalho ilegal, mas revela que o aumento no último ano foi concentrado entre jovens do sexo masculino.

O número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no Brasil diminuiu 21,4% em oito anos, de acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2016, cerca de 2,1 milhões de pessoas de 5 a 17 anos estavam nessa condição, número que caiu para 1,65 milhão em 2024. Embora haja uma leve alta de 2,1% no último ano, o analista do IBGE Gustavo Fontes considera que o aumento não reverte a tendência de queda.

Perfil do trabalho infantil
A pesquisa mostra que o trabalho infantil é mais comum entre meninos, que representam 66% das pessoas nessa situação. A população preta ou parda também é a mais afetada, totalizando dois terços do total. A maior parte das ocorrências (55,5%) está concentrada na faixa etária de 16 a 17 anos. A remuneração média mensal para esses jovens é de R$ 845, e a maior parte trabalha até 14 horas por semana, principalmente em atividades de comércio e agricultura.

Desigualdades regionais e tarefas domésticas
O estudo do IBGE revela que as desigualdades regionais persistem. O Sudeste é a única região com um percentual de trabalho infantil abaixo da média nacional, enquanto as regiões Norte e Nordeste registram os maiores índices. A pesquisa também levantou dados sobre tarefas domésticas, que não são consideradas trabalho infantil. Mais da metade das crianças e adolescentes do país realiza alguma tarefa em casa, e essa responsabilidade recai mais sobre as mulheres. Com informações da Agência Brasil

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