Chikungunya continua a ser uma preocupação no Brasil
Após mais de dez anos dos primeiros casos no país, o chikungunya segue como um grande desafio para a saúde pública no Brasil. A reumatologista Viviane Machicado Cavalcante, presidente da Sociedade Baiana de Reumatologia (Sobare), alerta que o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus, é um dos maiores obstáculos, especialmente em áreas com saneamento básico deficiente. Outro ponto crítico é a falta de infraestrutura no Sistema Único de Saúde (SUS), que não conta com ambulatórios suficientes para acompanhar os pacientes.
Surto nas américas e no Brasil
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) demonstrou preocupação com surtos da doença nas Américas, com a maior parte dos casos se concentrando na América do Sul. O Brasil registrou 121.803 casos e 113 mortes por chikungunya em 2025, o que indica que a doença continua se espalhando pelo país, com grandes ondas epidêmicas registradas nos últimos dez anos. O Nordeste foi o epicentro inicial, mas atualmente o vírus já se espalhou por todo o território nacional.
Vacina e polêmica
Recentemente, o Instituto Butantan anunciou uma vacina contra o vírus, que recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, a Agência reguladora dos Estados Unidos (FDA) suspendeu sua licença após o relato de efeitos adversos graves, incluindo mortes. A decisão do órgão americano pode levar a Anvisa a reavaliar a aprovação no Brasil, o que levanta questionamentos sobre a segurança do imunizante. A melhor forma de prevenir a doença ainda é o combate ao mosquito, eliminando os locais de água parada que servem como criadouros. Com informações da Agência Brasil

