Fazenda prevê que plano do governo reduzirá pela metade o impacto de tarifas dos EUA

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou um boletim que prevê a redução pela metade do impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos à economia brasileira. O estudo aponta que as ações do governo, como o Plano Brasil Soberano, devem mitigar os efeitos negativos do “tarifaço” sobre o Produto Interno Bruto (PIB) e o emprego.

De acordo com o boletim, a elevação das tarifas americanas, que afeta cerca de US$ 16,4 bilhões em exportações, poderia causar uma queda de 0,2 ponto percentual no PIB. Com as medidas de resposta do governo brasileiro, a estimativa é que o impacto seja reduzido para 0,1 p.p.

No cenário de emprego, a previsão inicial de perda de 138 mil postos de trabalho, concentrada em indústrias e serviços, cairá para 65 mil com a implementação das ações governamentais. A inflação, por sua vez, deve ter um impacto de 0,1 p.p., com a SPE ajustando sua projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 de 4,9% para 4,8%.

Plano Brasil Soberano oferece novas linhas de crédito
O Plano Brasil Soberano é uma das principais estratégias do governo para conter os efeitos do aumento das tarifas. O programa oferece linhas de crédito do Fundo Garantidor de Exportação com condições mais vantajosas para exportadores e micro, pequenas e médias empresas. O objetivo é fornecer capital de giro para compensar a queda nas exportações para os EUA e incentivar a busca por novos mercados. Além disso, as linhas de crédito para investimento exigem a manutenção dos empregos.

As tarifas de importação de 50%, que afetam produtos brasileiros em 22 setores da economia, foram anunciadas pelos EUA em julho de 2025. Muitos dos produtos taxados são exportados quase que exclusivamente para o mercado norte-americano, sugerindo impactos setoriais relevantes que o governo brasileiro tenta agora suavizar. Com informações da Agência Brasil