Brasil busca o futuro climático: Marina Silva reforça a necessidade de ação imediata

Em preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a importância de passar da discussão para a prática. Segundo ela, após 33 anos de debates e acordos, “agora, só tem um caminho: implementar” as metas climáticas já estabelecidas.

A declaração foi feita no Rio de Janeiro, após a ministra participar de um evento com o ex-presidente dos Estados Unidos e ativista ambiental, Al Gore. Marina Silva enfatizou que todas as decisões cruciais já foram tomadas em conferências anteriores, como em Dubai, incluindo o compromisso de triplicar o uso de energias renováveis, duplicar a eficiência energética e afastar-se dos combustíveis fósseis.

A ministra alertou que a humanidade está em uma crise civilizatória, na qual líderes globais priorizam conflitos em vez de combater ameaças planetárias. Ela citou o número de 500 mil vidas perdidas anualmente apenas por ondas de calor, superando as mortes causadas pela covid-19 em dois anos.

Do acordo à implementação
Para Marina Silva, o sucesso da COP30 dependerá de um planejamento sólido para a próxima década, com ações efetivas para manter o aquecimento global em no máximo 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. Ela reforçou que o Acordo de Paris definiu as regras, mas a COP30 deve apresentar um “mapa do caminho da implementação” desses compromissos.

A ministra também se posicionou sobre a exploração de terras raras em áreas de comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas, reiterando o apoio ao veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o assunto em uma proposta que alterava o licenciamento ambiental. Ela defendeu que qualquer solução técnica deve considerar o cuidado ético com as comunidades que ajudam a proteger os recursos naturais do país.

Segundo Marina, é preciso que as ações do Brasil na COP30 não sejam apenas retóricas, mas sim exposições concretas, que deixem um “legado de verdade” para a próxima geração. Com informações da Agência Brasil

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