Sindicalista diz que Turi não atende reivindicações e trabalhador decidiu pela greve no transporte coletivo

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pará de Minas se reuniram na terça-feira, 2 de abril, com os funcionários da Transporte Urbano Rodoviário e Intermunicipal (Turi) para negociar os reajustes salariais e benefícios dos funcionários da empresa.

A expectativa é equiparar o salário dos trabalhadores de Pará de Minas com os de Itaúna, cidade há 24 quilômetros do município e considerada do mesmo porte. É que em Itaúna a base salarial do motorista do coletivo é de R$ 1.930,00 com o ticket alimentação. Em Pará de Minas, o salário é R$ 1.508,00 e o vale alimentação pouco mais de R$ 100,00.

Estes números foram apresentados aos representantes da Turi que não apresentaram nenhuma proposta de melhoria salarial. Além disso, segundo ata da reunião, a gerência quis manter o acordo firmado em 2018 e 2019, sem nenhum reajuste.

Já na tarde desta quinta-feira, 4 de abril, foi realizada uma Assembleia Geral Ordinária na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pará de Minas e o presidente Francisco Ferreira Borges apresentou aos trabalhadores da Turi o que ficou definido no encontro com a empresa.

De acordo com os sindicalistas, a direção da Turi alegou que está trabalhando no vermelho e não pode conceder reajuste salarial aos funcionários. A Turi, a prefeitura, Câmara Municipal, Polícia Militar e demais órgãos serão notificados da decisão dos trabalhadores nesta sexta-feira, 5 de abril.

Eles então decidiram entrar em greve. Segundo notificação que será enviada em breve à Turi e ao poder público municipal, “Ante a decisão tomada pelos trabalhadores da categoria profissional, esta Entidade Sindical, em atento às disposições da Lei nº 7.783/1989, comunica que poderá, a qualquer momento, a partir das próximas 72 horas, contados do recebimento da presente notificação, ocorrer à paralisação geral do transporte coletivo urbano no município de Pará de Minas/MG.”

O presidente do sindicato Francisco Ferreira Borges disse a reportagem do Portal GRNEWS que esta não é a vontade dos trabalhadores, mas como não há nenhuma previsão de reajuste eles resolveram lutar por seus direitos:


Francisco Ferreira Borges
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Ainda segundo a notificação, o Sindicato espera nova proposta por parte da Turi e que atenda aos anseios da classe. Uma pauta de reivindicações foi aprovada em assembleia pelos trabalhadores, enviada à empresa e nenhuma atitude foi tomada. Segundo o presidente, a gerência alega problemas financeiros há anos:

Francisco Ferreira Borges
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pará de Minas Francisco Ferreira Borges explica como vai funcionar a paralisação:

Francisco Ferreira Borges
franciscogreve3

A Assembleia realizada com os trabalhadores foi acompanhada de perto pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Divinópolis e vice-presidente da Federação Nacional dos Rodoviários de Minas Gerais, Erivaldo Adami da Silva, que classificou a situação como lamentável.

Falou ainda que o sindicato é organizado, os trabalhadores confiam no trabalho desenvolvido pela presidência e apoia a paralisação prevista para a próxima semana:


Erivaldo Adami da Silva
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Erivaldo Adami da Silva pede a compreensão da população, argumentando que os funcionários estão reivindicando seus direitos trabalhistas:

Erivaldo Adami da Silva
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 piso salarial da classe em outros municípios da região é de R$1.945,00 e benefícios como vale alimentação de R$ 320,00 e plano de saúde pago pela empresa.

A prefeitura de Pará de Minas e a Turi devem se manifestar nesta sexta-feira (5), após receberem a notificação do sindicato sobre a possível paralisação na próxima semana, casou as reivindicações dos trabalhadores da empresa não sejam atendidas,

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