Câmara não quer HNSC atendendo pacientes com COVID-19 de outras cidades e diz que prefeito tem poder de veto

Após o interventor do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), Clelton de Faria Pacheco, divulgar que a unidade que administra será referência no tratamento de COVID-19 na região, muitos começaram a se pronunciar. O vereador Marcus Vinícius de Faria (MDB) é contra o plano estadual pois segundo ele vai expor os paraminenses ,pois por enquanto a situação em Pará de Minas está controlada.

A população também não gostou de saber da novidade. Nas redes sociais e grupos de WhatsApp reclamaram da falta de posicionamento de autoridades municipais que sequer questionaram ao Estado. Eles também temem o aumento no número de casos do novo coronavírus no município, sem contar que as especialidades serão atendidas em outra cidade, causando muitos transtornos aos pacientes, conforme já publicado pelo Portal GRNEWS.

A Câmara de Vereadores de Pará de Minas se posicionou oficialmente sobre o assunto na tarde desta sexta-feira (24). O presidente da Mesa Diretora Marcílio Magela de Souza e os outros 16 vereadores assinaram ofício especial solicitando em caráter de urgência para que seja revogada a decisão de transformar o HNSC em sede microrregional para receber pacientes de oito municípios para tratamento de COVID-19.

Segundo os membros do Legislativo, “estão cientes que a Portaria 568/2020 autoriza a habilitação de leitos para atendimento exclusivo dos pacientes com COVID-19”, mas lembraram que o artigo 1º está claro que a solicitação partirá do gestor local. Ou seja, o prefeito Elias Diniz (PSD) tem autonomia para recusar a habilitação temporária.

Para o presidente Marcílio Magela de Souza (MDB), a preocupação é geral e Pará de Minas não pode aceitar o plano estadual pois quem sofrerá serão os paraminenses:

Marcílio Magela de Souza
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Ascom Câmara Municipal de Pará de Minas/Divulgação

O ofício especial foi entregue nas mãos do secretário Municipal Wagner Magesty que analisará novamente a situação junto ao prefeito:

Marcílio Magela de Souza
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O documento entregue à administração municipal diz ainda que os vereadores temem que os paraminenses sejam contaminados em larga escala, caso o HNSC se torne referência. Além disso, citaram os transtornos de deslocamento dos pacientes vitimados por outras doenças, gerando custos para o transporte e correndo risco de não serem atendidas em tempo hábil.

O presidente disse ainda que a Câmara Municipal não foi consultada e nem participou de discussões sobre o assunto, solicitando “que em hipótese alguma a Prefeitura assine qualquer acordo neste sentido”.

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