Rendimento médio do trabalhador brasileiro atinge recorde histórico de R$ 3.270, diz Dieese

O Brasil celebra um marco na economia: o rendimento médio dos trabalhadores atingiu R$ 3.270 no quarto trimestre de 2024, o maior valor já registrado na história do país. Essa informação, divulgada na sexta-feira (13) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em seu boletim “Emprego em Pauta”, reflete uma recuperação significativa.
De 2014 a 2022, o rendimento médio permaneceu relativamente estável, com as exceções dos anos de 2020 e 2021, fortemente impactados pela pandemia. No entanto, o período de 2022 a 2024 mostra uma notável ascensão, com um aumento de 7,5% no rendimento médio das pessoas empregadas, que alcançou o patamar de R$ 3.270 mensais no final de 2024.
Apesar do crescimento geral, o boletim do Dieese aponta para uma persistência da desigualdade. Embora o rendimento médio tenha subido 7,5% para todas as faixas de renda entre 2022 e 2024, os trabalhadores com os menores salários foram os menos beneficiados. Para aqueles na base da pirâmide de rendimentos, o acréscimo foi de apenas R$ 76 mensais. Em contrapartida, os 10% com maiores rendimentos obtiveram um ganho 12 vezes superior, com um aumento de R$ 901 mensais.
Desafios e recomendações para uma distribuição de renda mais equitativa
O levantamento revela ainda que, no último trimestre de 2024, quase um terço dos trabalhadores brasileiros recebia, no máximo, um salário mínimo. Esse cenário é ainda mais preocupante considerando que os preços dos itens básicos de consumo cresciam a um ritmo mais acelerado do que a média da inflação, impactando diretamente as camadas mais vulneráveis da população.
Diante desse quadro, o Dieese enfatiza a importância de políticas que impulsionem a criação de empregos formais, a valorização do salário mínimo e o uso de instrumentos de negociação coletiva. Essas medidas são consideradas fundamentais para promover uma melhoria efetiva na qualidade de vida dos brasileiros e reduzir as disparidades de renda. Com informações da Agência Brasil