Campanha da Fraternidade propõe reflexão aos cristãos sobre violência contra mulheres, negros, indígenas e LGBTQI+

Há 57 anos a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Campanha da Fraternidade. A cada ano um tema é colocado em pauta para que todos pensem em formas de mudar algo para um mundo e uma convivência melhor.

A Campanha acontece durante todo o período quaresmal e este ano o tema é “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”, extraído da carta de Paulo aos Efésios, capítulo 2, versículo 14.

Mais uma vez a intenção é convidar a todos para pensar e avaliar, encontrando assim caminhos para superar as diversas violências que marcam o mundo atual.

O bispo da Diocese de Divinópolis, Dom José Carlos de Souza Campos, lembra que a campanha tem o objetivo de fazer os cristãos refletirem mas acima de tudo, de agir em prol do próximo:

Diocese de Divinópolis/Reprodução

José Carlos de Souza Campos
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Como acontece a cada cinco anos, em 2021 a Campanha da Fraternidade é ecumênica, com a participação de igrejas que compõem o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Além da Igreja Católica Apostólica Romana, pertencem ao Conselho a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; Igreja Presbiteriana Unida do Brasil; Igreja Episcopal Anglicana do Brasil; Igreja Sírian Ortodoxa de Antioquia; a Aliança de Batista do Brasil; Igreja Betesda e o Centro de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP).

Dom José Carlos destaca a importância desta união entre os cristãos:

José Carlos de Souza Campos
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O tema e o ecumenismo da campanha de 2021 tem gerado manifestações pelo país afora. Católicos mais fervorosos disseram que o texto base fere a moral cristã, já que a campanha critica as igrejas que não respeitaram o distanciamento social, a atuação do governo federal no combate ao novo coronavírus, a “negação da ciência” durante a pandemia e a cultura de violência contra mulheres, negros, indígenas e pessoas LGBTQI+.

Além disso, muitos entenderam como diferente esta união entre as igrejas cristãs. Mas o bispo garante e mostra que no Evangelho todos somos um:

José Carlos de Souza Campos
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Dom José Carlos de Souza Campos ainda deixa um recado a todos os cristãos, pedindo que ouçam os irmãos, reflitam e ajudem:

José Carlos de Souza Campos
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Em carta enviada pelo papa Francisco ao Brasil, ele diz que “Desse modo, os cristãos brasileiros, na fidelidade ao único Senhor Jesus que nos deixou o mandamento de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou (cf. Jo 13,34) e partindo «do reconhecimento do valor de cada pessoa humana como criatura chamada a ser filho ou filha de Deus, oferecem uma preciosa contribuição para a construção da fraternidade e a defesa da justiça na sociedade»”

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