Sem alterações no HNSC e P.A. neste primeiro dia de paralisação dos médicos. Tudo como antes

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Os paraminenses estão tremendamente insatisfeitos e temerosos com os novos acontecimentos relativos à crise financeira sem fim no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC).

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Entra diretoria, sai diretoria e ninguém consegue equilibrar receitas e despesas no único hospital do município, que também presta atendimentos aos pacientes de diversos municípios da microrregião.

Em ocasiões anteriores os médicos que prestam serviços para o hospital ameaçavam suspender os atendimentos, mas nunca haviam cumprido a promessa. Desta vez a história está sendo diferente. Os médicos cumpriram o que anunciaram no dia 18 de outubro e suspenderam os atendimentos nesta sexta, 18 de novembro.

A população está revoltada com o setor de saúde do município, especialmente com esta eterna crise do HNSC. Basta uma visita rápida aos canais de mídias sociais para constatar a insatisfação popular.

Pessoas argumentam que pagam seus impostos em dia e não tem os serviços básicos para uma vida digna, como o atendimento à saúde, que está garantido na Constituição Federal. Também protestam contra os médicos e políticos, entre outras citações de descontentamento.

Outro fato que revoltou muita gente foi o depoimento de uma idosa a reportagem do Portal GRNEWS. Ela afirmou que apesar de estar sendo muito bem tratada, estava há 16 dias “internada” no Pronto Atendimento Municipal José Porfírio de Oliveira (P.A.) aguardando, sem sucesso, a transferência para o hospital. Emocionada ela desabafou: “vida do pobre é muito ruim”.

Na tarde de quinta (17) seis médicos estiveram na sede da Associação Médica de Pará de Minas (AMPM) e confirmaram que a paralisação teria início a partir das 7 horas da manhã desta sexta (18).

A preocupação da população aumentou, já que segundo os médicos, a suspensão dos serviços atinge os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), convênios e particulares. Disseram que só atenderão durante a paralisação pessoas com risco iminente de morte, pois, estão sem receber honorários há cerca de 10 meses e três meses sem ver a cor do dinheiro dos plantões.

Apesar da temeridade da população paraminense, aparentemente a situação está tranquila neste primeiro dia de paralisação dos atendimentos médicos no Hospital Nossa Senhora da Conceição.

Logo cedo, a reportagem do Portal GRNEWS esteve no HNSC e não havia pessoas aguardando ou reclamando da falta de atendimento. Havia sim, um grupo de pessoas esperando a chegada de um médico para realizar atendimentos no setor de ortopedia. Ainda de manhã, a reportagem retornou ao HNSC e todos já haviam sido atendidos.

Nossa equipe também foi até o Pronto Atendimento Municipal José Porfírio de Oliveira (P.A.) para saber se em razão da paralisação dos médicos do HNSC, se havia aumentado a demanda no P.A., mas felizmente, a situação também estava dentro da normalidade, conforme afirmou o diretor Moisés Gabriel de Abreu.

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No fim da tarde desta sexta (18) a reportagem do Portal GRNEWS retornou ao Hospital Nossa Senhora da Conceição para ver se o cenário havia alterado, em relação ao constatado ao longo do dia. Porém, o quadro era de aparente tranquilidade e sem queixas.

Em meio a estas visitas, algumas pessoas se pronunciaram, sem gravar entrevistas. Alguns alheios a situação e outros acreditando na afirmação do secretário de Saúde Cléber de Faria Silva, para quem, esta paralisação já vinha acontecendo de “forma covarde e branca”.

Um exemplo da não realização dos trabalhos, antes mesmo de iniciar a paralisação, foi relatado pela contabilista Juliana Aparecida dos Santos. Ela conta que seu noivo aguarda uma cirurgia desde março. Por fim, marcaram o dia 17 de outubro, mas sem aviso prévio, desmarcaram. Depois reagendaram e desmarcaram novamente sem um comunicado sequer. Num exemplo de descaso, ele só soube que o médico não realizaria a cirurgia quando chegou ao hospital:

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Juliana Aparecida dos Santos
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A reportagem do Portal GRNEWS conversou com o diretor Clínico do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Evandro Ferreira Campos. Ele não gravou entrevista e nem comentou especificamente sobre este caso.

Porém, afirmou que os médicos não estão realizando cirurgias eletivas, mesmo assim a secretaria do HNSC insiste em marcá-las e ligar para os pacientes, sabendo que o procedimento não será realizado pelo médico. Por esse comentário, ao que parece, também falta acordo internamente entre a diretoria e os médicos do Hospital Nossa Senhora da Conceição.

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