Só serviços essenciais funcionarão em MG, menos em Pará de Minas que não cumprirá onda roxa a partir desta quarta

A partir da 0h de quarta-feira, 17 de março, em todo o estado de Minas Gerais, somente serviços essenciais poderão permanecer abertos. O enquadramento de todos os municípios mineiros na onda roxa visa frear o contágio pelo novo coronavírus, já que os hospitais não mais comportam pacientes e em algumas regiões a taxa de ocupação ultrapassou 100% dos leitos disponíveis.

Pará de Minas publicaria nesta terça-feira (16) um novo decreto com restrições, após decisão do Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em Saúde, em fechar clubes, praças, parques e hoteizinhos; permitir a venda de bebida alcóolica apenas nos supermercados e distribuidoras; além de fiscalizar estabelecimentos com mais rigor.

Porém, ainda na noite de segunda-feira (15), horas após a reunião do comitê municipal, o governador Romeu Zema (Novo) decidiu classificar todo o estado na fase mais restritiva do plano Minas Consciente. A notícia foi confirmada na manhã desta terça (16) para no dia seguinte todas as 853 cidades seguir as medidas impostas pela onda roxa. Nesta fase, o município não tem qualquer autonomia para mudar regras, ou seja, somente serviços essenciais abertos pelos próximos 15 dias.

Mas em Pará de Minas, pelo visto, será diferente. O procurador-geral do Município Hernando Fernandes da Silva explica que somente após o Governo de MG publicar algum documento dizendo que a cidade está na onda roxa é que o município fará um decreto que valerá a partir do dia seguinte à publicação:


Hernando Fernandes da Silva

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O procurador explica que quando o município é enquadrado em alguma onda do plano, o Governo de MG publica documentos com informações. Desta vez, ainda não foi divulgado:

Hernando Fernandes da Silva
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Quanto às fiscalizações, que será mais duras enquanto perdurar a onda roxa, a responsabilidade fica a cargo da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG):

Hernando Fernandes da Silva
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Pará de Minas pode então ser a única cidade do estado que não seguirá as medidas da onda roxa a partir desta quarta-feira, 17 de março. Também soa estranho a fala do procurador-geral que “ninguém será pego de surpresa”, está equivocada já que o anúncio foi feito pelo próprio governador de Minas Gerais, autoridade máxima em um estado, na noite de segunda-feira (15). Na manhã desta terça (16), em uma coletiva de imprensa divulgada por quase todos os veículos de comunicação de Minas Gerais, inclusive com repercussão nacional, Romeu Zema, o novo secretário de Estado de Saúde Fábio Baccheretti e o comandante-geral da PMMG coronel Rodrigo Sousa Rodrigues confirmaram a onda roxa em toda Minas Gerais. Não há necessidade, portanto, de um documento publicado na internet, para confirmar que o município está na fase mais restritiva do plano. Nas redes sociais só se fala sobre este assunto. Será que alguém ainda será pego de surpresa? Por isso é difícil acreditar nesta afirmação do procurador-geral.

Além disso, o Minas Consciente deixa bem claro que “diferentemente da adesão opcional das prefeituras ao plano nas demais ondas, na fase roxa o caráter é impositivo e se deve ao risco de saturação e à necessidade de reestabelecer a capacidade de assistência hospitalar para não comprometer a rede assistencial em todo o estado”. Ou seja, prezar pela vida e evitar mais mortes em Minas Gerais.

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