Pesquisas sobre a Margem Equatorial são essenciais, diz Academia Brasileira de Ciências

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) defendeu a necessidade de mais pesquisas científicas para avaliar a viabilidade da exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial. A entidade não se posicionou a favor ou contra a exploração, mas ressaltou que a decisão deve ser baseada em conhecimento científico aprofundado, critérios técnicos e total transparência. A Margem Equatorial abrange a costa dos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.

Requisitos obrigatórios para a exploração
Para que qualquer exploração seja considerada, a ABC listou uma série de requisitos indispensáveis, incluindo:

Garantia de segurança técnica e jurídica, com uma análise minuciosa dos impactos sociais e ambientais.

Demonstração de medidas eficazes para conter eventuais acidentes.

Total transparência nos processos de decisão.

Consultas públicas e esclarecimentos para as populações que poderiam ser afetadas.

A presidente da ABC, Helena Nader, destacou que a região é ambientalmente sensível e estratégica para o país. Ela reforçou que a ampliação das pesquisas e o fortalecimento do monitoramento são passos fundamentais para proteger os ecossistemas e as comunidades locais.

Riscos ambientais e metas climáticas
O relatório da ABC apontou que a Margem Equatorial brasileira abriga dois grandes ecossistemas marinhos, um ligado à foz do Rio Amazonas e outro na costa do Nordeste. A região possui recifes ricos em biodiversidade e uma das maiores áreas de manguezais do planeta. Esses manguezais, que funcionam como berçários da vida marinha, são ecossistemas cruciais para a biodiversidade e armazenam grandes quantidades de carbono.

O documento enfatiza que um planejamento detalhado de mitigação é fundamental, pois mesmo países com alta capacidade técnica enfrentam riscos de derramamentos acidentais, que podem causar danos irreversíveis ao meio ambiente.

Os pesquisadores também destacaram a importância de o Brasil cumprir suas metas climáticas e de ser a sede da COP30 em Belém. Nesse sentido, recomendaram a criação de um programa de neutralização de emissões de CO2, que incluiria projetos de reflorestamento, proteção de manguezais, melhorias no transporte urbano, investimentos em tecnologias de captura de carbono e apoio a comunidades locais. Com informações da Agência Brasil

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