Duas macrorregiões avançam no Minas Consciente mas Pará de Minas continua na onda vermelha com alta de casos e ocupação de leitos

Pará de Minas continua na onda vermelha do Minas Consciente, plano do Governo de MG para retomada segura da economia no estado. Diferente de outros municípios que avançaram para as ondas menos restritivas, Pará de Minas tem registrado aumento considerável no número de casos, mortes e taxa de ocupação de leitos, especialmente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Somente nestes primeiros 13 dias de maio, Pará de Minas registrou 1.765 notificações suspeitas da Covid-19, confirmou 440 casos e 17 pessoas morreram. Números absurdos para o porte da cidade.

O Governo de MG confirmou na tarde desta quinta-feira, 13 de maio, que as macrorregiões de Saúde Norte e Sudeste apresentaram queda na incidência e na ocupação de leitos e poderão avançar para a onda amarela do Minas Consciente, plano criado pelo Governo de Minas para garantir a retomada segura da economia no estado.

A decisão, que passa a valer no sábado (15), foi tomada pelo Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar a situação da pandemia no estado. Assim, Minas Gerais possui nove das 14 macrorregiões na onda vermelha (Centro, Centro-Sul, Leste, Leste do Sul, Nordeste, Noroeste, Oeste, Sul e Triângulo do Sul); e cinco na amarela (Norte, Sudeste, Triângulo do Norte, Vale do Aço e Jequitinhonha).

A macrorregião Jequitinhonha foi mantida na onda amarela, por decisão do Comitê, mas será observada diariamente pelo Grupo Executivo, e poderá regredir para a vermelha, caso não haja melhora dos indicadores.

Agência Minas / Divulgação

Capacidade assistencial
O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, destacou que o momento ainda exige cautela, especialmente porque o tempo de internação em UTI está maior com a nova cepa. Porém, a capacidade assistencial do Estado foi restabelecida.

Temos algumas regiões que estão tendo alívio, por apresentarem uma folga na capacidade assistencial. Saímos do momento de colapso, vivenciado há 50 dias, em que todo o estado estava na mesma situação ruim, o que não viabilizava transferência de pacientes entre macros. Voltamos ao patamar normal, em que o estado passa a ser heterogêneo de novo. Algumas regiões estão indo bem, com tendência de melhora. Outras estão estabilizadas”, explicou.

Atualmente, a taxa de ocupação de leitos é de 80% para UTI Covid e 74,68% para Enfermaria em todo o estado. Já a incidência, caiu 7% na última semana. A positividade atual é de cerca de 38%.

Efetividade
Ainda segundo Baccheretti, a melhora é reflexo da onda roxa, medida emergencial adotada pelo Governo de Minas, em março, para conter o avanço da pandemia no momento mais crítico.

A nossa conclusão é que a onda roxa foi efetiva e ajudou a salvar vidas. Conseguimos reduzir a projeção do pico em até 20%. Isso significa que o pico de óbitos, que foi de 504, poderia ter sido de 600”, destacou.

Microrregiões
Em relação às microrregiões, o Comitê Extraordinário Covid-19 também decidiu, nesta quinta-feira (13), pelo avanço de Viçosa, Janaúba, Taiobeiras e Ubá para a onda amarela do plano. Já o agrupamento das microrregiões de Passos, Cássia e Piumhi regrediu para a onda vermelha. Vale lembrar que, em caso de divergência entre as ondas da macro e da microrregião, caberá ao prefeito definir qual regra prefere seguir, de acordo com a necessidade do município.

Vacinação
O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, também ressaltou que houve queda consistente na taxa de óbitos nas faixas etárias que já receberam as duas doses da vacina, o que demonstra a eficácia da imunização.

Nas semanas iniciais do ano, tivemos média de óbito de 8% a 9% entre os pacientes com mais de 90 anos. Essa taxa, nas últimas semanas, se estabilizou em torno de 2,5%. O comportamento também se alterou na faixa entre 80 e 89 anos, com picos de 23,1% no início do ano para 9,7% agora. A vacinação tem demonstrado o poder de conter a pandemia”, disse.

Atualmente, o percentual de doses aplicadas em relação à população dos grupos prioritários é de 90,45% para Dose 1 e 45,44% para Dose 2. Foram aplicadas 76,07% das doses enviadas aos municípios.

Cidades pequenas
As cidades com menos de 30 mil habitantes apresentaram queda na incidência da covid-19 pela quarta semana seguida. Agora, são 88 municípios com incidência abaixo de 50 casos para 100 mil habitantes, podendo progredir automaticamente de onda, independentemente da situação da região em que se encontram. Com informações da Agência Minas

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