Casos de coqueluche disparam e Pará de Minas enfrenta surto da doença que pode ser fatal e prevenida com vacina
Conforme publicado pelo Portal GRNEWS, no mês de outubro deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou registros de um caso de coqueluche e outro de meningite em Pará de Minas.
O retorno dessas doenças é resultado da queda da cobertura vacinal em crianças e adultos, facilitando a volta de doenças erradicadas. As vacinas que previnem estas e muitas outras doenças, estão disponíveis na rede de saúde pública, mas boa parte da população paraminense não atende aos constantes chamados para colocar em dia o cartão de vacinas.
Mesmo com profissionais da Saúde destacando a segurança, confiabilidade e importância das vacinas, as pessoas fingem que não é com elas. Como não é atingida a imunidade de rebanho, na qual pelo menos 95% da população precisa estar imunizada, as doenças retornam e podem ser fatais.
Nesta terça-feira, 10 de dezembro, a Secretaria Municipal de Saúde informou que em Pará de Minas já foram notificados 15 casos de coqueluche, dos quais 7 foram confirmados, caracterizando surto da doença no município.
Entre os casos notificados, um percentual de 46,7% foi confirmado. As pessoas do sexo masculino representam 28,6% e do sexo feminino 71,4% dos registros. Dos casos confirmados em Pará de Minas, 5 são em pessoas do sexo feminino e 2 do sexo masculino.
A Referência Técnica da Vigilância Epidemiológica Municipal, Maria de Lourdes Liguori, alerta que a coqueluche é uma doença que está introduzida em Minas Gerais e causa grande morbimortalidade em crianças. Confirma que Pará de Minas enfrenta um surto da doença, que pode ser prevenida com vacinação:
Maria de Lourdes Liguori
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A vacina que previne a coqueluche está disponível em todas as salas de vacinação de Pará de Minas e faz parte do Programa Nacional de Imunização. Maria de Lourdes Liguori acrescenta que em caso de suspeita da doença, é preciso fazer um bloqueio vacinal em todos que tiveram contato com a pessoa acometida pela doença:
Maria de Lourdes Liguori
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A Referência Técnica da Vigilância Epidemiológica Municipal alerta que em Pará de Minas a doença está acometendo mais as pessoas na faixa dos 40 anos. Cita que o risco de transmissão para as crianças é muito grande e caso isso ocorra, pode ser fatal para os pequenos:
Maria de Lourdes Liguori
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Ela aproveita para destacar sintomas da coqueluche, uma doença respiratória, caracterizada por um tipo tosse diferenciado:
Maria de Lourdes Liguori
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A secretária municipal de Saúde, Ana Clara Teles Meytre, destaca o surto de coqueluche em Pará de Minas. Reafirma que a população precisa se vacinar contra a doença, inclusive, algumas salas de vacinação funcionam em horário estendido para a atender a todos:
Ana Clara Teles Meytre
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Ana Clara Teles Meytre diz ainda que a rede de assistência está disponível para tratar os casos suspeitos da doença, como o Centro de Atendimento Municipal, localizado em frente ao Hospital Municipal Padre Libério (HMPL):
Ana Clara Teles Meytre
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A coqueluche é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis que provoca crises de tosse e falta de ar. A doença infecciosa aguda denominada Coqueluche apresenta alta transmissibilidade e é importante causa de morbimortalidade infantil.
A doença se caracteriza pelo comprometimento do Sistema Respiratório (traqueia e brônquios) e por paroxismos de tosse seca (ataque de tosse súbita, incontrolável e rápida).
A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto entre a pessoa doente e a pessoa suscetível por meio de gotículas de secreção da orofaringe eliminadas durante a fala, a tosse e o espirro.
Os principais sintomas dos casos notificados de Coqueluche são: tosse paroxística: tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas e curtas (5 a 10), em uma única expiração; guincho inspiratório; vômitos pós-tosse; cianose; crise de tosse e apneia.
A suscetibilidade é geral e o indivíduo torna-se imune em duas situações, ao adquirir a doença e quando há vacinação.
O diagnóstico é realizado mediante o isolamento da Bordetella pertussis, pela cultura de material colhido de nasofaringe, além da contagem de leucocitos e Raio X de tórax.
O tratamento é feito com antibióticos, além de cuidados como suporte mediante aos sintomas apresentados, isolamento oxigenoterapia quando necessário.
A estratégia utilizada na prevenção da coqueluche e a vacinação. Na rotina dos serviços o esquema da vacina Penta corresponde a três doses, administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade. São necessárias doses de reforço com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP), que devem ser administradas aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
Além disso, toda gestante deve se vacinar com a vacina do tipo adulto – dTpa, que deverá ser administrada a partir da 20ª semana de gestação. A dTPA também deve ser administrada em contatos de casos suspeitos e/ou confirmados (bloqueio vacinal).
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