Deflação em apenas um mês é insignificante no Brasil que enfrenta forte crise econômica
Durante participação relâmpago na reunião do G20 em Hamburgo, na Alemanha, na última semana, o presidente Michel Temer disse que no Brasil não tem crise econômica e em vídeo também disse que estava trabalhando para “voltar o desemprego”. Neste último caso, certamente foi ato falho que sua equipe não percebeu. Mas quanto à crise econômica, esta sim, continua travando o país como afirmam os especialistas. O mercado financeiro também prevê inflação este ano e crescimento menor do país conforme divulgado nesta segunda-feira, 10 de julho, no Boletim Focus do Banco Central.
A situação do país é instável e preocupante com rebaixamento de notas por parte das agências de classificação de risco. Quanto a inflação, o controle é um problema que sempre precisa ser encarado pelo governo brasileiro. Especialmente com a atual crise econômica enfrentada pelo país, a situação está muito delicada.
Quando os preços caem o consumidor tem a impressão de que a economia melhorou. Tudo fica mais barato e a população acredita que dias melhores virão. Mas, para os economistas isso é enganoso.
No mês de junho deste ano o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) registrou uma deflação de 0,23%. Foi a primeira em um período de 11 anos. Ela ocorre quando os preços de produtos e serviços caem em determinado período.
Trata-se de um movimento contrário ao da inflação que acaba subindo os preços. A deflação também é diferente da chamada desinflação, ou seja, quando os preços sobem em ritmo mais lento.
Uma das principais causas da deflação é a recessão econômica, quando os consumidores compram menos e forçam as empresas a reduzir preços. A deflação é muito ruim quando se torna uma tendência do mercado.
Isso porque os preços caem demais e a maioria das pessoas deixa de consumir e passa a poupar. Elas acreditam que o dinheiro poderá valer mais no futuro e isso proporciona uma nova queda de preços.
O economista Eduardo de Almeida Leite explica os três fenômenos: inflação, desinflação e deflação. São fatos que ocorrem no sistema econômico e que significam diferentes impactos no bolso de todos os cidadãos brasileiros:
Eduardo de Almeida Leite
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Os índices são calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em valores médios, levando em consideração de produtos e serviços na vida da população que vive em determinada faixa de renda:
Eduardo de Almeida Leite
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O especialista ressalta que a deflação ocorreu apenas em um mês e não é preocupante. No entanto, se acontecesse durante um período maior seria preocupante para o setor produtivo porque significaria uma estagnação econômica:
Eduardo de Almeida Leite
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Enquanto isso a crise política continua em Brasília, com novas denúncias surgindo a cada dia e afetando a base do governo federal. Essa insegurança também continua afetando muito os investimentos no país.
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