Empresas alertam para fraudes em pesquisas eleitorais e todos devem ficar atentos para não acreditar em dados falsos

Eleitores dos 5.568 municípios brasileiros votarão no domingo, 15 de novembro, quando escolherão seus representantes do Executivo e Legislativo municipais. Em outubro teve início a campanha eleitoral e a população em geral acompanha as propagandas políticas e outros meios que os candidatos encontraram para mostrar seus planos de governo, como as redes sociais.

Há também os debates e programas que entrevistam os candidatos e os eleitores podem tirar suas próprias conclusões. Um destes programas é o Papo com Geraldo RodriguesPGR – exibido de segunda a sexta-feira, de 13 às 15 horas, pelo Portal GRNEWS.

Para saber se está no caminho certo, candidatos pedem pesquisas e também a mídia contrata empresas que fazem este tipo de serviço. Eleitores são entrevistados e é possível ter uma amostragem de como andam as campanhas.

Mas o que nem todos sabem é que toda pesquisa deve ser registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esta é uma das exigências caso o resultado seja divulgado. Mas infelizmente o que tem acontecido são fraudes nestas pesquisas.

Uma operação foi realizada na quinta-feira (05) pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPE-GO) e a Polícia Civil de Goiás. Intitulada Leão de Neméia, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão em Goiânia e Aparecida de Goiânia contra uma empresa que “produziu e divulgou 349 pesquisas suspeitas em 191 dos 246 municípios goianos”, segundo nota do MPE-GO.

Segundo o Ministério Público, as pesquisas não refletem a realidade das intenções de voto dos eleitores e há até mesmo oferta de manipulação de dados em favor de determinado candidato.

E nesta reta final de campanha é preciso ter ainda mais cuidado. Além de analisar se a pesquisa divulgada realmente está cadastrada no TSE, é importante saber quem a solicitou e por qual valor. Quem faz o alerta são empresas e profissionais especialistas em pesquisa de opinião pública.

Segundo estes especialistas, há pesquisas sendo divulgadas com suposto registro no TSE, com nome do responsável técnico que não tem noção da declaração, e até usando o nome de algum instituto de pesquisa sem que a empresa saiba.

Outra forma, segundo profissionais da área, de analisar se a pesquisa é realmente séria, é pelo valor. Com 500 entrevistas, a pesquisa deve custar no mínimo R$ 30 mil, é o que disse a Agência Brasil o presidente do Conselho de Opinião Pública da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep), João Francisco Meira. O valor é devido aos gastos, como contratação de profissionais, tecnologia utilizada e deslocamento.

O eleitor deve fazer sua parte, estando atento a tudo isso. Além disso, pode denunciar irregularidades que presenciar, pelo aplicativo Pardal no smartphone ou entrando no site do TSE.

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