É possível se livrar da bola de neve gerada pelos juros do cheque especial; economista aponta o caminho
O Banco Central (BC) divulgou no dia 30 de janeiro dados sobre clientes de instituições financeiras que caíram no rotativo do cartão de crédito ou usaram cheque especial e pagaram juros mais caros em dezembro de 2018.
No último mês do ano passado a taxa de juros do cheque especial subiu 6,9 pontos percentuais, em relação a novembro, chegando a 312,6% ao ano.
Também acordo com o Banco Central a taxa média do rotativo do cartão de crédito subiu 5,6 pontos percentuais em relação a novembro, chegando a 285,4% ao ano, no mês passado. Pelas novas regras o crédito rotativo do cartão dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.
As regras do cheque especial também mudaram no ano passado. Os clientes que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira.
Ocorre que muitos consumidores não conseguem controlar suas finanças. Acabam utilizando o cheque especial e pagam juros altíssimos até que a dívida fique quase impagável.
Mas de acordo com o economista Eduardo de Abreu Leite é possível se livrar dessa bola de neve que só cresce em razão dos juros do cheque especial. Ele aponta o caminho dizendo que o primeiro passo é a pessoa reconhecer que não dá conta de pagar o que deve. Depois procurar o gerente do banco para renegociar e caso não consiga no banco em que está devendo. faça a portabilidade para outro:
Eduardo de Almeida Leite
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Muitos que estão nesta situação e devendo por usar o cheque especial podem pensar agora é tarde, meu nome já foi negativado e minha conta encerrada. Engana quem pensa dessa forma. O economista alerta que mesmo nessas condições o banco tem interesse em renegociar o pagamento da dívida:
Eduardo de Almeida Leite
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Depois que a pessoa conseguir se livrar dessa bola de neve ou mesmo aquelas que ainda não caíram nessa armadilha financeira, ele recomenda nunca usar o cheque especial. Caso não tenha alternativa, que seja por poucos dias:
Eduardo de Almeida Leite
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O economista diz que o melhor mesmo é fazer o planejamento financeiro para pagar as contas à vista. Sendo possível, é importante deixar uma reserva financeira para as eventualidades que podem aparecer na vida de qualquer pessoa:
Eduardo de Almeida Leite
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Para comprovar que o brasileiro está querendo se livrar dos juros do cheque especial, os bancos enviaram aos clientes mais de 14 milhões de ofertas de migração do cheque especial para o crédito parcelado, entre junho e dezembro de 2018. Mais de 5,2 milhões de débitos no cheque especial foram convertidos, no ano passado, em linhas de crédito alternativas a custo mais baixo, conforme informações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
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