O que mais me chocou foi pensar que as pessoas perderam a vida em função de dinheiro, diz assistente social
A afirmação sobre as vítimas do rompimento da barragem da mineradora Vale no município de Brumadinho, ocorrida em 25 de janeiro, é da assistente social Amanda de Miranda Silva que trabalha na Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da prefeitura de Pará de Minas.
No fim de semana ela se deslocou até o município de Brumadinho disposta a contribuir de alguma forma com as pessoas que sobreviveram à tragédia. Ela teve a oportunidade de conversar com muita gente durante quase dois dias em que permaneceu por lá.
Ela conta que se juntou aos integrantes de uma Organização Não Governamental (ONG) composta por psicólogos e assistentes sociais que foram para Brumadinho ajudar a quem precisa.
Para a assistente social foi uma experiência muito dolorida, muito sofrida, mas percebeu que precisava alimentar o lado humano. Uma das formas de fazer isso é ajudando aos outros. Ela ficou chocada com o que viu a lamenta que tanta gente morreu por causa de dinheiro:
Amanda de Miranda Silva
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Durante o período em que permaneceu na região da tragédia ocorrida em Brumadinho, a assistente social teve a oportunidade de conversar com familiares de vítimas e também com muitos produtores da agricultura que sobreviveram, mas perderam tudo o que demoraram uma vida para construir:
Amanda de Miranda Silva
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Também chamou a atenção dela a grande quantidade de doações que estão estocadas para as vítimas em Brumadinho. A solidariedade do povo brasileiro impressionou a assistente social:
Amanda de Miranda Silva
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A Defesa Civil de Minas Gerais confirmou na tarde desta segunda-feira, 4 de fevereiro, a morte de 134 vítimas da barragem rompida da mineradora Vale em Brumadinho. Outras 199 pessoas estão desaparecidas, 394 foram socorridas, três estão em hospitais, 105 desabrigadas e a Polícia Civil de Minas Gerais já identificou 120 corpos.
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