Impasse no reajuste: servidores municipais com menores salários em Pará de Minas não descartam paralisação, diz Sitraserp
A insatisfação dos servidores municipais de Pará de Minas com menores vencimentos em relação à proposta de reajuste salarial da prefeitura ganhou força com a manifestação na Câmara Municipal. Sabrina Lopes da Silva, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal (Sitraserp), usou a tribuna para defender a categoria de nível elementar e não descartou a possibilidade de uma paralisação geral. A decisão será tomada em assembleia marcada para esta quarta-feira, 3 de setembro.
A luta por um ganho real
Sabrina Lopes destacou que o sindicato protocolou uma contraproposta de reajuste para um piso de R$ 1.850,00, mas a administração municipal se mostrou irredutível, mantendo a proposta de R$ 1.630,00. A vice-presidente argumenta que este valor não representa um ganho real, pois, pela projeção, o salário mínimo nacional deve atingir o mesmo patamar em janeiro, fazendo com que a categoria comece o próximo ano na mesma situação de defasagem salarial:
Sabrina Lopes da Silva
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Em seu discurso na tribuna da Câmara, Sabrina Lopes enfatizou a importância da categoria de nível elementar para o funcionamento da prefeitura, referindo-se a eles como a “base da pirâmide” e “a profissão que forma o país”. Ela criticou a justificativa da administração municipal de que, com benefícios como auxílio-alimentação e vale-transporte, os servidores já estariam recebendo um valor maior, ressaltando que esses benefícios não são permanentes e podem ser retirados a qualquer momento. Sabrina argumentou que a proposta do sindicato não é um aumento salarial, mas sim uma “recomposição salarial”, que pode ser aplicada a uma única classe sem gerar um “efeito cascata” sobre as outras.
Sabrina Lopes da Silva
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Possível paralisação e próximos passos
A vice-presidente afirmou que a paralisação do serviço público municipal não está descartada. A assembleia, agendada para as 17h30 desta quarta-feira, na sede do sindicato, terá como objetivo traçar os próximos passos da categoria e decidir se a greve será deflagrada. Sabrina Lopes alertou que, embora o serviço essencial precise ser mantido, uma paralisação poderá ser um dos caminhos para forçar a negociação com a prefeitura, que até o momento se nega a negociar o desmembramento do projeto de lei.
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