Tratamento especializado para o reumatismo: HC-UFU/Ebserh registra alta em atendimentos

As doenças reumáticas, conhecidas popularmente como reumatismo, representam um vasto grupo de mais de cem condições que afetam o aparelho locomotor, incluindo ossos, articulações, cartilagens, músculos, tendões e ligamentos. Sintomas como dor persistente e inchaço nas articulações são comuns e, se não tratados, podem levar a desgaste ósseo, nas cartilagens e a deformidades em mãos e pés.

O Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), que faz parte da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), é um polo de referência no tratamento dessas patologias. Somente no primeiro semestre de 2025, a unidade registrou mais de 4,3 mil atendimentos ambulatoriais voltados a pacientes com reumatismo, um aumento de 3,48% em relação ao mesmo período de 2024.

Ambulatórios específicos para casos complexos
O Serviço de Reumatologia do HC-UFU/Ebserh se destaca por oferecer ambulatórios específicos para diversas patologias. Esses atendimentos focados são destinados aos quadros mais complexos e abrangem doenças como: Artrite Reumatoide, Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), Espondiloartrites, síndrome de Sjögren, vasculites, miopatias inflamatórias e Esclerose Sistêmica Progressiva.

Para ter acesso aos ambulatórios especializados, os moradores de Uberlândia e região devem iniciar o processo na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Conforme explica o reumatologista do HC-UFU, Roberto Ranza, o clínico geral faz a avaliação e encaminha para o especialista da rede municipal. O reumatologista da rede resolve as questões de menor complexidade e direciona os pacientes com quadros mais graves para os ambulatórios especializados por doença do HC-UFU.

As doenças mais comuns e os desafios da dor crônica
Entre as doenças reumáticas de maior incidência estão a osteoartrite (artrose), a fibromialgia, a osteoporose, a gota, além de tendinites, bursites e outras condições da coluna vertebral. O médico também menciona a prevalência de dores crônicas musculares e miofasciais, que podem ser localizadas, como a síndrome do ombro doloroso, ou difusas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% da população global sofre de dor crônica. A fibromialgia, caracterizada por uma dor crônica muscular, é uma das mais conhecidas e afeta cerca de 2,5% da população mundial, sendo a prevalência estimada em torno de 4% no Brasil. Ranza ressalta, contudo, que nem toda dor crônica é fibromialgia.

Como identificar e tratar
O principal sinal de alerta é a dor e, eventualmente, a limitação na capacidade de realizar atividades. Se a dor e a restrição não forem resultado de um trauma ou acidente, a causa provável é reumatológica. A orientação é procurar um clínico inicialmente. O reumatologista, por sua vez, é o profissional especializado para tratar quadros de baixa ou alta complexidade.

O tratamento, de acordo com o Dr. Roberto Ranza, é multifacetado:

Educação do paciente: Fundamental para que o indivíduo entenda o diagnóstico, as estruturas afetadas e o futuro da doença.

Controle da dor: Geralmente realizado com medicamentos, mas também auxiliado por terapia física.

Tratamento específico da doença: Crucial para as patologias inflamatórias mais graves, que podem causar danos, deformidades e até reduzir a expectativa de vida.

O diagnóstico e tratamento precoces são vitais. O especialista afirma que, atualmente, com o tratamento adequado – inclusive com o fornecimento de medicamentos modernos pelo governo federal –, pacientes com doenças inflamatórias graves como a Artrite Reumatoide conseguem um controle completo, desfrutando de boa qualidade de vida e evitando as deformidades clássicas. A interrupção do tratamento, no entanto, pode fazer a doença retornar.

Osteoporose: prevenção e mito do cálcio isolado
A osteoporose é uma doença silenciosa e de alta prevalência, o que dificulta sua prevenção e reconhecimento. Caracterizada pela perda de massa óssea e enfraquecimento da estrutura do osso, ela aumenta o risco de fraturas, sendo o envelhecimento e a menopausa as principais causas.

Ranza esclarece que a doença pode ser prevenida e tratada. Contudo, ingerir cálcio não é suficiente por si só. É um mito acreditar que o consumo isolado resolve a questão. O especialista destaca que a prevenção depende de um tripé: cálcio alimentar adequado (entre 700 e 1000 mg/dia), níveis suficientes de vitamina D e a prática de exercício físico. Fatores como sedentarismo, tabagismo e pouca massa muscular aumentam a chance de desenvolver a doença. Felizmente, os tratamentos farmacológicos evoluíram muito, permitindo não apenas bloquear o desgaste, mas também promover o ganho ósseo. Com informações da Assessoria de Comunicação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia

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