Cirurgias cardíacas em crianças são realizadas com apoio remoto

Um projeto inovador está utilizando a telemedicina para auxiliar em cirurgias cardíacas pediátricas em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) nas regiões Norte e Nordeste. O projeto, chamado Congênitos, permite que médicos do Hospital do Coração de São Paulo (Hcor) orientem remotamente operações realizadas em hospitais de Fortaleza, Recife e Manaus.

Tecnologia e capacitação profissional
A iniciativa visa aprimorar o atendimento de crianças com cardiopatia congênita, uma condição que atinge cerca de 30 mil bebês por ano no Brasil. Muitos desses hospitais, como o Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza, que atende a casos de vários estados, não conseguem realizar as cirurgias mais complexas e precisam transferir os pacientes para outras unidades. A teleorientação cirúrgica, desenvolvida pelo Instituto do Coração da USP, permite que a equipe do Hcor acompanhe as operações em tempo real, fornecendo sugestões e discutindo as melhores práticas.

A cardiologista pediátrica Geni Medeiros, do Hospital Albert Sabin, explica que a equipe do Hcor monitora tudo à distância, desde o campo cirúrgico, visto por uma câmera acoplada à cabeça do cirurgião, até dados vitais como pressão, batimentos e oxigenação.

Benefícios para pacientes e para o SUS
A líder médica do Hcor, Ieda Jatene, destaca que o projeto busca amadurecer a equipe local, permitindo que eles tratem casos de alta complexidade que antes exigiam transferência. Essa abordagem traz benefícios significativos para os pacientes e para o sistema de saúde, já que a cirurgia realizada no tempo certo e com a técnica adequada pode garantir uma vida normal à criança, reduzindo complicações e internações futuras.

O projeto Congênitos está inserido no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS). As três unidades hospitalares foram escolhidas pelo Ministério da Saúde por sua importância e pela carência de serviços cardíacos infantis nas regiões. O projeto prevê a realização de 60 cirurgias teleorientadas até o ano que vem. Com informações da Agência Brasil

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