Diagnóstico desafiador: câncer de pulmão em não fumantes acende um alerta

Em agosto, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de pulmão, um fato chama a atenção da comunidade médica: 15% dos casos da doença ocorrem em pessoas que nunca fumaram. A professora aposentada Claudete Felix de Souza, de 65 anos, é um exemplo disso. Após sentir dores nas costas e ter a respiração comprometida, ela recebeu o diagnóstico que, inicialmente, a assustou.

A jornada de uma não fumante
Claudete, que sempre teve uma vida saudável, com boa alimentação e atividades físicas, não entendia o motivo do diagnóstico. O oncologista Luiz Henrique Araújo, pesquisador do Instituto Nacional de Câncer (Inca), explicou à Agência Brasil que a preocupação com o câncer de pulmão em não fumantes vem crescendo, pois a incidência da doença ligada ao tabagismo vem diminuindo no mundo todo.

Se fosse considerada uma enfermidade separada, o câncer de pulmão em não fumantes estaria em sétimo lugar entre as maiores causas de morte por câncer no mundo, ficando atrás apenas do câncer de pulmão em fumantes, de estômago, colorretal, de fígado, de mama e de esôfago. As causas são variadas, e ainda estão sendo estudadas, mas a poluição do ar e o tabagismo passivo são considerados as principais.

Tratamento e importância do diagnóstico
O diagnóstico precoce em não fumantes é desafiador, pois a suspeita da doença é baixa. O câncer de pulmão em fumantes, por outro lado, pode ser identificado mais cedo, pois é recomendado que fumantes acima de 50 anos façam uma tomografia anual.

A falta de um histórico de tabagismo pode levar a diagnósticos mais tardios em pacientes mais jovens. O oncologista destaca a importância de testes moleculares e sequenciamento genético para identificar as mutações genéticas do câncer em não fumantes. Esse exame ajuda a guiar o tratamento e, muitas vezes, permite o uso de terapias inteligentes, com o uso de comprimidos no lugar da quimioterapia.

Atualmente, Claudete está com o quadro de saúde controlado e reforça a importância de buscar apoio médico e psicológico, e valorizar o apoio da família. Com informações da Agência Brasil

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